O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, declarou que a população pode visitar os hospitais de Mato Grosso do Sul caso queira ver, de perto, as instalações preparadas para atender pacientes da covid-19.

No entanto, ele pede que as fiscalizações sejam agendadas para que todas as medidas de segurança sejam realizadas. “Está aberto para fazer a visita, com precauções, desde que o façam reportando a Secretaria de Estado de Saúde”.

A declaração é uma resposta indireta ao presidente Jair Bolsonaro, que incentivou apoiadores a “invadir” hospitais públicos e de campanha para supostamente fiscalizar o uso do dinheiro enviado pelo Governo Federal.

“Seria bom você fazer... na ponta da linha, se tem um hospital de campanha perto de você, se tem um hospital público… arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tem feito isso, mas mais gente tem que fazer pra mostrar se os leitos estão ocupados ou não. Se os gastos são compatíveis ou não. Isso ajuda. Tudo o que chega para mim nas redes sociais a gente faz um filtro e eu encaminho para a Polícia Federal ou Abin (Agência Brasileira de Inteligência)”, disse o presidente.

Pode filmar

Resende enfatizou que, apesar dos pedidos de algumas prefeituras, Mato Grosso do Sul não tem nenhum hospital de campanha, apenas estruturas para reforçar o atendimento, como acontece no Hospital Regional Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande.

“Pode filmar, que está vazia [a estrutura externa]. Estamos torcendo para não usar, só será ocupada se 70% dos leitos de dentro do Hospital Regional estiverem ocupados”, lembrou, conforme já anunciado anteriormente.

Segundo o secretário, mesmo as cidades de Dourados e Três Lagoas podem não precisar de hospitais de campanha. Ele cita, respectivamente, as obras do Hospital da Mulher e da Criança e do Hospital Regional de Três Lagoas, que estão no final e podem ser referência para o tratamento da doença mais pra frente.