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Saúde

24/03/2020 11:00

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Santa Casa raciona máscaras e funcionários trabalham desprotegidos contra coronavírus

Hospital alega que reforçou estoques, mas que alguns setores não correm perigo diante da pandemia

Profissionais que atuam na Santa Casa de Campo Grande, que preferem ter as identidades preservadas, estão inconformados com os protocolos seguidos na unidade. Eles estão sem equipamentos de proteção contra o novo coronavírus, mesmo trabalhando em um dos maiores hospitais do Estado.

“Falaram que somente quem está no prédio 2 pode usar, mas quando começar a surgir casos? Como se não tivesse casos aqui no prédio 1, pois estão abafando... Vamos continuar sem receber insalubridade? Eu estou me isolando da minha família, pois estou com medo de levar esse vírus na minha roupa ou cabelo para casa”, argumenta um funcionário.

Segundo os profissionais, até o adicional de insalubridade foi retirado. “Eles tiraram nossa insalubridade porque não temos contato com os pacientes, mas recebemos material com sangue de paciente, pedaços de pele. Isso é pior que ter contato com paciente”, destaca um dos denunciantes, que relta estar sem máscaras ou luvas.

Lanchonete

Os funcionários pontuam também que a lanchonete privada que atua dentro do hospital está funcionando sem as medidas orientadas pelo Ministério da Saúde e OMS.

“Está funcionando, fazendo funcionários ir trabalhar sem proteção alguma. Além disso, faz funcionário fazer entregas para pacientes dentro das alas dos andares sem luvas, sem máscaras, sem nada. E dentro da Santa Casa tem gente contaminada, isso não pode acontecer”.

Assessoria

Em nota, a assessoria de imprensa do hospital alegou que "as avaliações de insalubridade e periculosidade são realizadas pelo corpo técnico do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) da Santa Casa, ou seja, são realizadas por um engenheiro de segurança do trabalho, médicos do trabalho e demais coordenadores, conforme prevê a Legislação". 

Ainda segundo a nota, sobre esses profissionais, "foi realizada perícia in loco pelo corpo técnico do SESMT do hospital baseado, onde, de acordo com a legislação vigente, aplicada ao ambiente de trabalho, a atividade executada, ao tempo de exposição e considerando as avaliações realizadas ficou constatado que a atividade não se caracteriza como atividade insalubre e/ou periculosa, não fazendo jus ao adicional de insalubridade e/ou periculosidade".

No que se refere à entrega de máscaras e luvas, o hospital alega que reforçou os estoques, mas "essa dispensação tem sido feita de forma racional, ou seja, com mais critério, para não ameaçar nossos estoques. Reafirmamos que nenhum profissional da Santa Casa de Campo grande exerce suas funções sem os devidos EPIs ou qualquer outro cuidado de segurança". 

Já sobre suspeitos de Covid-19 na Santa Casa de Campo Grande, a unidade informou que, até o presente momento não tem nenhum caso, sendo que todos os pacientes que chegaram com sintomas eram leves e foram orientados a manter quarentena domiciliar, conforme publicação do Ministério da Saúde.

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