A visita do procurador Sergio Harfouche à ACP (Sindicato dos Profissionais de Educação em Campo Grande) terminou em confusão e gritaria. Ele acabou, inclusive, expulso aos gritos de “fora” da entidade.

Segundo apurado pela reportagem, durante a assembleia, o procurador não gostou de ser contrariado por uma professora interrompendo a fala dela. O fato acabou em discussão, já que outros educadores presentes não gostaram da atitude do propositor do projeto.

A assembleia era para discutir a proposta de lei do deputado Lídio Lopes (PEN), que está em tramitação na Assembleia Legislativa, e batizado de "Lei Harfouche".

Na ACP, os professores eram os que estavam autorizados a falarem e votarem. No entanto, Harfouche quis falar, o que gerou discussão entre os defensores da lei e quem não gostaria que a norma do sindicato fosse desrespeitada. A partir daí, Harfouche se colocou a disposição para responder perguntas, o que foi dado o direito a ele.

“Mas enquanto uma professora falava ele apontou o dedo para ela e falou que iria se retirar, pois não concordava com ela. Ele fez isso aos berros e provocando a reação das professoras”, contou um dos profissionais, que participou do encontro.

Ele foi então enquadrado pelo presidente do sindicato, que mandou ele respeitar a reunião. “Ele então saiu bravo aos gritos de fora de quem estava presente, até quem era a favor da lei não gostou da intervenção dele”, contou outra professora.  

Os diretores e professores tinham sido convocados para uma assembleia extraordinária, na manhã desta segunda-feira (5), para debater a aprovação da polêmica “Lei Harfouche” que prevê a punição de alunos da escolas estaduais que cometerem infrações ou atos de indisciplina. 

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