Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande mantiveram os vetos do prefeito Marquinhos Trad, do PSD, a três projetos apresentados pelos parlamentares, nesta quinta-feira (3). A sessão foi relâmpago e durou aproximadamente um hora. Após a manutenção dos vetos, o presidente da Casa de Leis, João Rocha, do PSDB, ainda reforçou que os vereadores estão 'dando oportunidade' para o prefeito trabalhar.

Rocha ainda afirmou que estão tentando criar 'desavenças' entre os vereadores e o prefeito, "mas que não vão lograr êxito". Apesar disso, reforçou que "há pontos divergentes, mas que resolvemos com diálogo" entre o presidente ou a Mesa Diretora diretamente com o prefeito. "Tudo pelo entendimento e crescimento das cidades", enfatiza. 

O vereador Carlão, do PSB, também relatou que não há "queda de braço com o prefeito" e que os vereadores estão "dando a oportunidade para ele trabalhar". E ainda emendou, "mas aqui não vai ser um puxadinho. Vamos fazer a nossa parte e ele a parte dele, tudo com interesse em Campo Grande".
 
Vetos
Dos quatro vetos que entraram em pauta hoje, apenas três foram colocados para votação e um foi retirado de pauta, do vereador Lívio Viana, do PSDB. O primeiro analisado foi o veto total ao Projeto de Lei n. 8.438/17, de autoria do vereador André Salineiro, que autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Municipal de Segurança Pública (COMSEP). Seguido pelo veto total ao Projeto de Lei n. 8.439/17, de autoria dos vereadores André Salineiro e Delegado Wellington, todos do PSDB, que autoriza o Poder Executivo a criar o "Fundo Municipal de Segurança Pública (FUMSEP)". 

Durante o uso da tribuna, Salineiro disse que não 'lutaria para derrubar o veto", uma vez que recebeu garantias do prefeito Marquinhos Trad para que, até o final do ano, o projeto poderá 'sair do papel'. O vereador Chiquinho Telles, do PSD, líder do prefeito na Casa, parabenizou o prefeito pela 'flexibilidade' do colega em entender o momento da cidade. "Vamos colocar de outra forma esse projeto", disse.

Por outro lado, o vereador Wellington de Oliveira, do PSDB, lembrou que os projetos ligados a segurança pública municipal fazem parte do dever de todos e precisam evoluir. "É necessário ter um estudo para dar condições da Secretária Municipal de Segurança Pública trabalhar. Hoje, eles não estão conseguindo trabalhar. A Guarda Municipal não tem condições de colocar todo o efetivo nas ruas. O Executivo fez o compromisso e esperamos que seja feito no menor prazo possível".

Insegurança 
Os vetos a projetos de segurança pública municipal ocorrem justamente no dia em que o vereador Carlão denunciou o roubou a um Ceinf localizado no Bairro Campo Verde, em que as crianças precisaram voltar pra casa na manhã de hoje, pois a unidade foi depredada e eletrônicos, alimentos e até brinquedos foram levados do local. 

O parlamentar disse que funcionários da Omep/Seleta que cuidavam do Ceinf foram demitidos na semana passada. "Eles não colocaram outros funcionários e foi roubado. Cortaram até o fio da geladeira", disse. 

Carlão ainda ressaltou que o local poderia contar com guardas municipais e que bastava apenas 'pagar os plantões para eles'. Carlão ainda disse que chegou a presenciar "quatro guardas civis" na sede da Polícia Federal.