O velório da assistente social Marcelly Marcia Franca, de 32 anos, foi marcado por indignação e inconformismo dos familiares e amigos pela sua morte na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande.

Bastante abalados e revoltados, os familiares continuam sem acreditar no ocorrido. Todos são categóricos em afirmar que houve negligência médica.

O marido da Marcelly, bastante indignado, relatou que ainda não saiu a causa da morte, mas novamente afirma que houve demora no atendimento de Marcelly.

Marly Lopes, tia da assistente social, falou também que houve muita demora no atendimento e que ela não aceita e vai lutar para que isso não aconteça mais. Segundo ela, esta é uma bandeira que vai levar.

Marly sabe que sua luta não vai trazer a Marcelly de volta, mas quer que ao menos "não aconteça com outras pessoas a mesma situação de demora e descaso no atendimento".

O velório da assistente social está sendo realizado na Pax Nipo Brasileira, localizado na Rua Treze de Maio, no Bairro São Francisco. Ele iniciou às 19h desta quarta-feira (24).

Já o sepultamento está marcado para esta quinta-feira (25), às 9h30, no Cemitério Jardim da Paz, na saída para Sidrolândia.

O caso

Marcelly morreu na tarde desta terça-feira (23), na UPA Coronel Antonino. A tia da paciente, Marly Lopes, conta que a sobrinha chegou na unidade com dor no peito e aguardou o atendimento por 2h.

A familiar relata que quando Marcelly foi atendida, a médica disse que não era nada e afirma que sua sobrinha morreu por negligência médica.

“A médica atender ela e não falar que não é nada. Ela comprou o diploma dela?”, questionou a mulher, que estava bastante revoltada.

Ainda segundo a mulher, ela acredita que a sobrinha tenha sofrido um infarto.

Vídeo mostra o desespero da tia da paciente após ser informada da morte. Em determinado momento ela hostilizou uma equipe médica da unidade e precisou ser contida por Guardas Municipais.

O que diz a Sesau

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que a paciente deu entrada na  UPA Coronel Antonino no início da tarde de hoje, passou por classificação e recebeu a cor amarela, sendo encaminhada  diretamente para atendimento médico. 
Ela permaneceu em observação sendo medicada e monitorado os sinais vitais no setor de estabilização da unidade, e que devido ao rápido agravamento do quadro clínico precisou ser encaminhada para a sala de emergência. 
Na sala de emergência,  devido a piora do estado clínico, a paciente evoluiu com uma parada cardíaca sendo intermediada pela equipe de emergência porém sem sucesso. 
A SESAU também informa  que todo os procedimentos aconteceram dentro do tempo protocolar conforme a classificação de risco, e que lamenta o falecimento da paciente e  aguarda o resultados de exames para a elucidação diagnostica".