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Campo Grande

14/08/2016 18:05

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Após série de crimes, clima de insegurança e medo afeta rotina de moradores na Capital

Em menos de uma semana, dois homicídios e um latrocínio foram registrados no Nova Lima

Após os crimes que aconteceram na última semana, os moradores do Bairro Nova Lima, localizado na região norte de Campo Grande, estão apreensivos com a onda de violência. Em alguns dias, mortes, assaltos foram constatados no local, onde a população pede segurança para resolver o problema.

Na última segunda-feira (8), um homem identificado como João Leonel da Silva, 33, foi apontado como o autor de tentativa de latrocínio no bairro. Com o rosto coberto por uma touca, o suspeito ordenou a um casal parar o carro e praticar relações sexuais.

As vítimas, um homem de 27 anos e a mulher, de 25 anos, obedeceram João e permaneceram no alvo de um revólver em um matagal, que é conhecido como endereço de ‘desova’ de corpos na região. A mulher conseguiu fugir, mas o homem foi atingido por vários tiros e está em coma no hospital.

O segundo crime, um duplo homicídio, aconteceu na sexta-feira (12). Ailton Márcio de  Oliveira, 32, e Cristóvão Alves de Almeida, 35, foram assassinados por uma dupla que estaria em uma motocicleta. Segundo a polícia, houve troca de tiros e teriam sido realizados pelo menos 18 disparos.  

Segundo os moradores, os assaltos também são frequentes, fatos que acabam fazendo com que a população busque alternativas para, pelo menos, tentar ficar 'livre' da violência. Conforme o idoso Francisco D'ávila, 76, nesses 30 anos que ele mora no bairro até viu bastante melhorias, mas ressalta que o Nova Lima existe há décadas e o que foi feito é considerado pouco.

"Vários bairros na cidade são mais novos e estão bem mais estruturados. Não temos asfalto, as ruas são escuras, o que acaba ajudando os criminosos a praticarem os assaltos e saírem ilesos. As ruas são tão precárias que, se duvidar, até viatura pode ficar parada nos buracos da via. Para proteger a mim e a minha família, basta escurecer que eu já começo a fechar todas as portas e janelas da minha casa", destacou o aposentado, que mesmo morando no bairro há mais de três décadas, ainda está em uma rua sem asfalto.

O comerciante Jorge Ferreira Mendes, 43, diz que não se assusta com  os homicídios registrados. Com um estabelecimento em uma das principais avenidas do bairro, ele destaca que já viu vários outros crimes.

"Não posso dizer que é normal morrer gente por aqui, mas também não digo que é algo muito difícil de acontecer. Temos um posto policial na região, que ajuda, mas devido a grande população, acredito que eles ficam sobrecarregados. No Nova Lima e em outros bairros próximos, como Anache, Colúmbia, etc., ainda existem gangues, o que acaba deixando o cidadão de bem em um 'fogo cruzado'. Neste tempo que tenho comércio já até vi uma mulher morrer esfaqueada, gente roubada, mas nem tudo é ruim, só acho que precisamos de mais policiamento", destacou.

O jovem Fernando Melo, de apenas 19 anos, mora na região desde quando nasceu. A escola onde o rapaz estuda também fica localizada no Nova Lima e ele destaca que, em um ano, acabou perdendo dois celulares durante assaltos que sofreu no caminho de casa após sair da aula.

"O primeiro fui roubado por um homem que estava em uma bicicleta, levou apenas o meu celular, já o segundo, uma dupla de moto parou ao meu lado, o garupa do veículo desceu, sacou uma arma, me mandou entregar minha mochila e meu aparelho telefônico. Até meus cadernos foram levados", lamentou.

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