Reunião da Comissão da Covid-19 da Câmara Municipal de Campo Grande aponta que as aulas presenciais nas escolas da Capital não devem ser retomadas antes de agosto deste ano. O motivo é que não há uma perspectiva positiva do combate à doença. 

O encontro ocorreu nesta quarta-feira (24), no Ministério Público Estadual e, ao contrário do que havia sido sugerido pelo prefeito Marquinhos Trad– retorno em 1º de julho – o cenário da doença não deve mudar nos próximos 15 dias. 

''Vamos pensar num fator positivo, pois não acredito que dentro de 15 dias as coisas melhores, muito pelo contrário sabemos dessa angústia e peço que vocês nos apresentem um fator, que mostre que daqui 15 dias as coisas vão mudar. Não tem nada nesse cenário que possa dizer isso, eu conversei com ex-ministro Mandetta e ele disse que a projeção aponta uma explosão de casos, porque nós cidadãos escolhemos ter esse comportamento social, nós como sociedade campo-grandense e sul-mato-grossense fizemos a opção’’, avaliou o vereador e médico Lívio Leite. 

Sobre a situação de Campo-Grande, em relação à pandemia, Lívio destacou que, se compararmos o número de infectados há um mês e os de agora, é possível notar que houve um revés no combate à doença. 

Outro motivo apontado pelo vereador é o crescente a taxa de ocupação de leitos de hospitais a cada dia. 

Na reunião, a proposta era a retomada de aulas presenciais mediante adoção de protocolos de biossegurança, o que foi classificado pela comissão como inadequado, ao menos por enquanto. 

Lívio destacou que entende a necessidade dos estudantes e empresários para o retorno da aulas, mas diz que o comportamento coletivo, de não respeitar o isolamento social, leva a um aumento do número de casos e adoção de medidas mais restritivas.