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Campo Grande

30/07/2018 07:00

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Condenado a 22 anos, assassino de ex-vereador estudou na cadeia e quer redução da pena

Única mulher do trio queria prisão domiciliar, mas teve pedido negado

Elpídio Cesar Macena do Amaral, 28 anos, um dos três condenados por roubar, assassinar e queimar o ex-vereador Alceu Bueno, em 2016, em Campo Grande, deve ter redução de oito dias em sua pena por ter estudado dentro da cadeia. Outra apenada no caso também pediu benefícios à Justiça, sendo um negado e outro aceito.

Ele, Kátia Almeida Rocha e Josian Edson Cuando Macena pegaram 22 anos de prisão cada um, por latrocínio (que é matar para roubar) e ocultação de cadáver contra Bueno.

Os três estão presos desde o dia 28 de dezembro de 2016, sendo os dois homens no Instituto Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste, e Kátia no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, na Vila Sílvia Regina.

A defesa de Elpídio, que é um defensor público, alegou à Justiça que o condenado frequentou o banco da escola do presídio por 104 horas-aula e, por isso, de acordo com os cálculos baseados na Le de Execuções Penais, merece ter pena reduzida em oito dias. Neste caso, o Ministério Público se mostrou favorável a concessão do benefício. A decisão ainda está nas mãos do juiz.

Kátia Rocha pediu à Justiça prisão domiciliar por ser mãe de uma criança, à época com dois meses. No entanto, em 29 de novembro de 2017 o juiz negou o pedido, visto a gravidade do crime que cometeu e pela falta de condições de fazer o controle da condenada.

A defesa de Rocha alegou que crianças filhas das custodiadas permanecem em local insalubre quando dos dias de visita no presídio feminino. Por isso, mais uma vez pediu para ficar presa em casa, e novamente teve o pleito indeferido. No entanto, a queixa de insalubridade no presídio foi encaminhada a Vara da Infância e do Idoso para providências.

A única mulher do trio assassino, Kátia  também conseguiu reduzir sua pena em 12 dias por ter estudado 192 horas em curso de educação de jovens e adultos.

Somente o preso Josian Macena não fez pedidos à Justiça. Para ele e os demais condenados faltam cerca de 20 anos, sete meses e 24 dias de prisão. A concessão do benefício para o regime semiaberto só poderá ser pedido em 2025, quando os criminosos já terão cumprido 2/5 da pena, cálculo feito por ser crime hediondo.

Martelo usado na execução de Alceu Bueno. (Foto: André de Abreu)

O crime

A polícia apurou que Alceu Bueno participava de vários grupos no aplicativo Whatsapp, e em um deles conheceu Kátia. Bueno se interessou pela mulher e passou a dar em cima dela, querendo conhecê-la pessoalmente.  A mulher relatou à polícia que se sentiu incomodada e contou o caso para o namorado. Enciumado, Elpidio e o irmão Josian combinaram de ''dar um susto'' no ex-vereador.

Katia então fingiu ter interesse em Alceu Bueno e o atraiu para a cada dela, no Jardim Seminário. Ali já estavam Elpídio e Josian prontos para dar o tal susto em Alceu. Porém, o vereador cassado não quis entrar e ficou apenas na frente da residência.

No dia seguinte, Alceu convidou katia para sair e a buscou em frente a uma conveniência, momento em que ela percebeu que ele estava com seiscentos reais em notas de cem, o que teria despertado a ambição do trio.

Nesse dia, a suspeita convenceu Bueno a ir para a casa dela. Ao chegarem, eles foram para um quarto e assim que deitaram na cama, ela disse para Alceu que iria até a sala fechar a porta. Nesse momento, Kátia deu sinal para Elpídio e Josian, que estavam munidos de uma tábua de bater carne e um martelo, respectivamente, e os dois golpearam a vítima. Josian deu o primeiro golpe com o martelo e depois Elpidio com a tábua de carne.

O corpo do ex-vereador foi colocado no próprio carro de Alceu e levado para a casa de Josian, no Jardim Noroeste. Lá o trio pegou gasolina e seguiu para a região do Parque dos Poderes, local conhecido de Josian, que trabalhou como pedreiro em um condomínio próximo dali. Katia dirigia o veículo enquanto os dois atearam fogo ao corpo.

Fuga

Katia e Elpidio seguiram até o Paraguai após o crime, onde tentaram vender o carro, porém, diante da repercussão do assassinato, ninguém quis comprá-lo. Elpídio pediu a um amigo que desaparecesse com o veículo, de preferência queimando ele. Em seguida, o casal comprou passagens de ônibus e retornou a Campo Grande.

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