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Campo Grande

há 6 anos

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Há 18 anos em funcionamento, parquímetro não resolveu falta de vagas no centro de Campo Grande

Empresa que gerencia o serviço, a Flexpark, é alvo de investigação no MPE

O estacionamento rotativo vigora há 18 anos em Campo Grande, mas não solucionou a falta de vagas, tão desejada para quem quer fazer compras no centro da cidade. Parte dos comerciantes acredita que o parquímetro ainda é uma boa solução para a região, mas critica a falta de rotatividade, que seria requisito básico para o bom funcionamento do serviço.

Pesquisa da Federação do Comércio, a Fecomércio, de 2016, apontou que mais da metade dos que procuraram vagas de parquímetro não conseguiram estacionar. Outra reclamação dos motoristas era o preço cobrado em desconformidade com a segurança.

Secretário da ACICG, Oshiro defende abertura de vagas para comerciantes . (Foto: TopMidiaNews)

Conforme o 1º Secretário da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Roberto Oshiro, a falta de vagas sempre foi um problema da região central, no entanto, a entidade é favorável ao sistema de rodízio, que faz com que mais clientes frequentem o centro e impulsionem as vendas do comércio.

O dirigente lembra que em 2011, o estacionamento em canteiros da avenida Afonso Pena acabou e isso prejudicou o comércio na região. ‘’Teve loja e lanchonete que chegou a fechar ali na Afonso Pena’’, relembra Oshiro. À época, a prefeitura divulgou que 295 vagas foram eliminadas do local.

Como solução, Oshiro diz que a entidade sugeriu a criação de estacionamentos verticais, fomentados pela prefeitura mediante isenção de impostos, como o ISS (Impostos sobre Serviços). Também sugere usar o estacionamento da Feira Central que estaria ocioso durante o dia e seria destinado a funcionários e donos de lojas.

Comerciantes reservam vagas e tiram espaço de clientes no centro. (Foto: Repórter Top)

A Flexpark divulgou, em material publicitário, que até 2016 a falta de vagas no centro era em razão do uso dos estacionamentos por comerciantes e seus funcionários, mas que devido a intensificação da fiscalização, o problema foi resolvido e hoje não é preciso dar voltas no quarteirão em busca de colocação.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Adelaido Vila, reconhece que colaboradores do comércio utilizam as vagas, mas culpa o mau funcionamento do transporte coletivo da cidade. Ele diz que há uma campanha para conscientizar os trabalhadores que cada vaga tirada do cliente é uma venda a menos.

Porém, Vila faz forte crítica a Flexpark, gestora do estacionamento. Ele diz que a falta de vagas persiste porque não há funcionários suficientes para fiscalizar a rotatividade das áreas de estacionamento.

''A empresa [Flexpark] para economizar,  desenvolveu aplicativo, mas não tem fiscalização. Sem funcionários não tem rotatividade'', explica Vila. Mas acrescenta que, apesar das críticas, a entidade tem sugestões para aumentar as vagas para os clientes no centro.

''Poderíamos usar o estacionamento da rodoviária velha, que abriria cerca de 300 vagas para nossos colaboradores. Um microonibus seria usado para levá-los até as lojas'', sugeriu Vila. O dirigente vai além e diz que não há contraprestação do dinheiro arrecadado com o estacionamento.  

Já a prefeitura informou que a falta de vagas decorre do aumento da frota automotiva e que não há possibilidade de aumentar as vagas sem aumentar a área de atuação do parquímetro.

Thiago, ao centro, pesquisa satisfação do parquímetro no centro. (Foto: Reprodução Facebook)

Maus-lençóis

A Flexpark, que detém a concessão para explorar o serviço de estacionamento rotativo em Campo Grande é alvo de pelo menos duas ações na Justiça. Uma contesta a cobrança aos sábados, que não estaria prevista no contrato. A empresa chegou a ser notificada pela prefeitura e não cobrou pelo serviço no dia 10 deste mês. Mas na semana seguinte conseguiu uma liminar autorizando a lucrar com o serviço.  

Outra ação partiu do vereador Vinícius Siqueira (DEM), que denuncia cobrança de 500 vagas a mais, não previstas na concessão que começou em 2002. O processo pede ainda fim do contrato, danos morais coletivos, devolução do valor lucrado com vagas excedentes não previstas no contrato; dos lucros decorrentes da cobrança de estacionamento aos sábados e anulação de multas que tenham sido aplicadas neste dia.

Procurado para falar a respeito de questões operacionais do serviço, o sócio da Flexpark, Thiago Nogueira Domingues, direcionou as perguntas para o escritório de advocacia que atende a empresa. Depois de sucessivos contatos não tivemos retorno nem do escritório nem da Flexpark.

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