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Campo Grande

15/03/2018 18:42

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Manifestantes se reúnem para pedir justiça após execução de vereadora carioca

Campo Grande esteve entre dezenas de capitais em protesto nesta quinta-feira (15)

Mais de 100 pessoas se reúnem neste momento na Praça Ary Coelho, no Centro de Campo Grande, para demonstrar consternação após a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrida na noite de quarta-feira (15) na capital carioca. Com faixas, cartazes e megafone, representantes de partidos políticos e também apartidários pediam por justiça.

Organizado por representantes do partido da vereadora em Mato Grosso do Sul, o tema da manifestação se estendia a pedidos pelo fim da violência contra a mulher, negros e a população pobre e marginalizada. O grupo se concentra na esquina entre Avenida Afonso Pena e a Rua 14 de Julho.

A perspectiva é que se faça uma vigília durante algumas horas no local, em sentimento de luto, assim como acontece simultaneamente em diversas capitais pelo Brasil. “Não é caso isolado, acontece diariamente e não é exclusividade do Rio de Janeiro. Esperamos que a repercussão resulte em apoio e enfrentamento a tudo isso”, disse uma das organizadoras, a estudante de psicologia Agnes Viana, 20 anos.

Agnes relata ter conhecido pessoalmente Marielle e que se sentia inspirada por suas pautas na política. “Ela era muito incrível, militante contundente, saindo em defesa da juventude negra, uma companheira ativa. Recebi a notícia com muita tristeza, já chorei muito, mas justamente por isso temos que aumentar nossa voz, juntos”, diz.

Dirigente regional do partido, Henrique Nascimento avalia a situação como ‘cada dia mais grave’. “Assim calaram Marçal de Souza, Malcolm X, Dorothy Stang, Luther King, Chico Mendes. Mais vidas serão tomadas, se a gente não luta e não denuncia”, protestou.

O deputado Pedro Kemp (PT) também esteve no local e, em demonstração de repúdio à execução da vereadora, pediu para que ‘lágrimas se transformem em indignação e força’. “Nesse momento temos que dizer que Marielle era uma vereadora de todos, de uma esquerda que tem que continuar, porque essas balas que a calaram atingiram a todos nós”, disse.

Ele completa analisando com pesar o que chamou de tempos de retrocesso, golpe, ataque e violência. “Estamos vivendo em tempos difíceis demais, em que a opressão tenta calar e gera uma sociedade excludente, marginalizada”, finalizou.

Conforme os organizadores, o grupo deve permanecer na Praça Ary Coelho até ao menos 20h.

Morte 

A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30 desta quarta-feira (14). Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.

Segundo informações da polícia, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.

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