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Campo Grande

22/01/2021 07:00

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Na surdina, Assembleia de Deus muda estatuto e transforma igreja em 'reinado' em Campo Grande

Alteração foi contestada e opositores querem fazer um levante dia 28 de janeiro

Mudança repentina e, supostamente não publicizada, do estatuto da Assembleia de Deus Missões, em Campo Grande, gerou indignação nos demais membros da igreja. Grupos contrários à atual direção, marcada por escândalo de adultério, se mobiliza e organiza uma revolta coletiva. Ao final da matéria, veja um vídeo com críticas ao presidente da ADM, Antônio Dionízio, e um áudio onde ele chama um pastor para tirar satisfações.

Segundo apurado pelo TopMídiaNews, a mudança no conjunto de regras da ADM ocorreu no último dia 12. Ao contrário do que rege o Código Civil, a alteração teria sido discreta e não debatida. 

‘’...foi feita de forma sorrateira e obscura, em uma suposta assembleia extraordinária’’, diz comunicado no WhatsApp de membros e pastores da congregação. 

Entre as principais mudanças, dizem os opositores, a principal é que a diretoria da ADM será escolhida por indicação da atual, comandada pelo pastor Antônio Dionízio. Antes, dizem os revoltosos, era feita por eleição ou aclamação. 

"Essa Assembleia é totalmente irregular e não obedece às regras estatutárias, a sua realização chega a ser criminosa, pois se praticou um estelionato coletivo contra as pessoas que lá estavam para cultuar a Deus e foram surpreendidas para assinar um papel em branco, cujo motivo não sabiam o que e para que estavam assinando", diz outro trecho dos informes. 

A mudança no estatuto ocorreu em reunião presidida pelo pastor Elias Longo. Segundo o grupo que reclama das alterações, Longo teria dito que não sabia que haveria mudança nas regras, mas alguns pastores afirmam que isso seria impossível por isso romperam com Elias. 

Antônio Dionízio

Segundo apurado com pastores, Dionízio sofreu uma derrota na Convenção de Ministros das Assembleias de Deus Missões em Mato Grosso do Sul e ficou com a presidência da igreja apenas em Campo Grande e algumas cidades do interior. 

Ainda segundo os denunciantes, uma assembleia-geral ordinária está prevista para o dia 28 de janeiro e será nessa ocasião que um grupo vai protestar por eleições na igreja. 

‘’Para ele [o Antônio Dionízio], a Igreja é um negócio. Não tem temor de Deus, está desviado, enlameado no pecado. Tornou-se uma apóstata da pior qualidade’’, definiu uma liderança de fora do Estado que avaliou o caso. 

Ameaça?

Áudio que circula em grupos de WhatsApp de lideranças e pastores da ADM, o pastor Antônio Dionízio intima um homem, que seria o pastor Paulo, a ir até à igreja e discutir alguma questão. 

‘’Vai amanhã lá, Paulo, que eu te recebo lá. Você disse que é homem, então seja homem pelo menos uma vez na vida...’’, disse o presidente da ADM em Campo Grande. 

Um pastor, ouvido na condição de anonimado, diz que a situação ficará muito ruim para a Assembleia de Deus Missões caso Dionízio continue à frente. 

‘’Pode ter um racha e muitos pastores vão sair e abrir outras igrejas’’, refletiu. A melhor saída, diz ele, é Antônio Dionízio ‘’Jubilar’’ [se aposentar] e convocar uma eleição. 90% dos dirigentes e membros esperam isso’’, completou o religioso. 

Tentamos contato com o pastor Antônio Dionízio, mas um celular apresentava como inexistente e o telefone fixo da ADM não atendeu. 

 

* Matéria alterada às 15h25 de 15/6/23 para retirada de detalhes a pedido de mulher envolvida no escândalo

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