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Campo Grande

Crianças brincam na rua enquanto praças do bairro Residencial Flores são encobertas por matagal

A população destaca que devido ao mato alto, crianças se arriscam ao soltar pipa nas ruas

08 abril 2018 - 07h00Por Dany Nascimento

Canteiro com praça recheada de verdes: era assim que os moradores do bairro Residencial Flores viviam. O lazer era garantido na região, mas isso há uns seis anos, pois a realidade mudou e, para a infelicidade da população, foi para pior.  A Rua Guilherme Barbosa, próximo da Rua Guilherme Salomão, possui um canteiro que divide a rua e está tomado pelo mato.

Railina dos Santos, 34 anos, que reside em uma casa de frente para o canteiro afirma que o local foi abandonado. “Isso aqui era bonito, era bem cuidado, mas agora foi tomado pelo mato. Tem duas pracinhas ali, mas não dá para ver porque o mato encobriu tudo. Virou um caos”.

Há mais de 20 anos no local, Railina destaca que muitas crianças tiram a tarde para soltar pipa e brincar no bairro, e como o canteiro está sujo e fechado por matagal, as crianças arriscam a vida ao brincar na rua. “De tarde tem muita criança aqui, é muito perigoso porque passa carro toda hora nessa rua”.

Concordando com as afirmações da vizinha, o idoso José Francisco dos Santos, 69 anos, afirma que além do mato alto, o canteiro também serve de lixão. “Tem morador que vem jogar as coisas aqui, você encontra tudo dentro desse mato, pneu, vaso sanitário, latas, garrafas, tem de tudo. A criançada solta pipa aqui, só na frente da minha casa fica uns 15 meninos brincando na rua”.

Francisco diz que a prefeitura, antigamente, cuidava com frequência do canteiro. “Antes era limpinho, tinha manutenção sempre, mas agora serve até de esconderijo para maconheiro durante a noite. Eles entram e se abaixam e ninguém mais vê”.

A esposa de Francisco, Maria do Socorro Santos, 67 anos, relembra que já presenciou um usuário de entorpecentes fugindo da polícia no matagal. “Ele entrou correndo quando viu a polícia, saiu correndo, foi sair lá do outro lado e correu bastante. De noite eles vem mais porque não tem iluminação pública”.

Luciane Maria dos Santos, 42 anos, diz que políticos surgem na região em época de eleição para fazer falsas promessas. “Quando vai ter eleição eles sabem vir até o bairro, apontam o dedo, acham absurdo estar desse jeito, mas na hora de fazer, ninguém faz nada”.

O TopMídiaNews entrou em contato com a prefeitura, que informou que 'as reclamações serão encaminhadas para os setores responsáveis para inclusão na programação de serviço'.