A+ A-

sexta, 26 de abril de 2024

Busca

sexta, 26 de abril de 2024

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Campo Grande

18/06/2020 21:34

A+ A-

Por R$ 100 mil, delegado 'japonês' destruiu provas para proteger Name e Rei da Fronteira

Ele também teria assediado delegados para desistirem das investigações

O delegado Marcio Shiro Obara, um dos alvos da 3ª fase da Operação Omertà, teria recebido R$ 100 mil para atrapalhar investigações de assassinatos sabidamente cometidos por Jamil Name e Fahd Jamil. Ele também teria assediado outros delegados para desistirem de investigar ou ''passassem'' o caso para ele. 

Conforme a investigação, Obara, que era delegado da Delegacia Especializada de Homicídios, em Campo Grande, tinha ligação com o filho de Fahd Jamil, Flávio Correia Jamil Georges. Em seu celular, o delegado tinha o telefone de Flávio, que já era bastante conhecido no mundo do crime e o travava como ''Flavinho''. 

Ainda segundo apurado, Márcio Obara teria recebido o dinheiro do ex-guarda municipal Marcelo Rios, que hoje está preso. A mulher de Rios confirmou essa informação. 

Com o dinheiro em mãos, Obara tratou de destruir provas que poderiam ligar a morte de Ilson Martins de Figueiredo a Name ou a Fahd. No dia da morte de Ilson, Márcio Obara recolheu um envelope que continha um dossiê com prints de conversas de WhatsApp, onde Ilson foi informado que a morte dele havia sido encomendada. 

No entanto, esse envelope não foi inserido no inquérito, fato que foi confirmado por outros investigadores da DEH e sequer passou por perícia, justamente porque ligava o crime ao grupo criminoso de Fahd e do filho Flávio Georges. Outras provas como uma caneta espiã e cartões de memória que estavam na cena do crime de Ilson foram ocultadas ou destruídas. 

Assédio 

Márcio Obara teria, segundo o apurado pela força-tarefa, assediado os delegados Fábio Peró Correa e João Paulo Sartori, os dois responsáveis pela investigação de outra morte ligada às organizações criminosas. Obara teria dito a Sartori ‘’até onde ele queria chegar com aquela investigação’’. 

Ilson foi morto a mando de Jamil e Fahd Jamil. (Foto: Ana Gomes - Arquivo)

Mortes

A morte de Ilson, em 11 de junho de 2018, por fuzilamento, na avenida Guaicurus, em Campo Grande se deu, segundo as invesitações, porque ele teria participado do sequestro e morte de Daniel Georges, outro filho de Fahd Jamil. 

Outros pistoleiros envolvidos no sequestro e morte de Daniel foram executados, sendo um em Bela Vista e outro no interior de São Paulo. 
Márcio Obara está preso em uma das delegacias da Polícia Civil em Campo Grande. 

 

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias
GOVERNO MS DENGUE ABRIL 2024