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Cidades

Famoso por curas e libertações em MS, Padre Benedito nem come mais após ser 'encostado' pela Igreja

Ele vive em depressão e só quer voltar a celebrar missas

15 agosto 2020 - 07h00Por Thiago de Souza

O padre Benedito Francisco de Oliveira foi "do céu ao inferno", em pouco menos de três anos. Famoso pelas ‘’show missas’’ de curas e libertações, em MS, o sacerdote carismático foi transferido para São Paulo, em 2017, e desde então ficou sem igreja. A suspeita de amigos e fiéis é que lideranças tradicionais da Igreja Católica não aprovavam o movimento carismático que ele representava. 

''Ele fazia missas carismáticas, levava multidões no Estado todo. Há dois anos ele tenta voltar a exercer o sacerdócio, mas a igreja não quer'', garante uma fiel.

Encostado, Benedito, que tanto clamou para curar os doentes, hoje vive perto de Marília (SP), depressivo, com diabetes e sequer tem vontade de comer. 

A amiga, que conheceu o padre no auge da fama, garante que já foram enviadas cartas para Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande, e até para o Vaticano, suplicando ajuda por Benedito. 

''Pode ser em qualquer lugar do Brasil que ele vai. A vida do cara é isso. Ele vive com depressão por não fazer o que gosta'', destaca. 

Padre 'exorcista' deixou fiéis em MS. (Foto: Divulgação - Reprodução O Progresso)

Ainda em 2017, Benedito destacou, ao Noticidade, que sua linha de pregação e trabalho, que inclui sessões de exorcismo, não costumava ser bem recebida pelos colegas e isso poderia ter levado o seu contrato a não ser renovado. 

Multidões

Padre Benedito passou oito anos em terras guaicurus, sendo primeiro em Jardim. Depois se dedicou à comunidade de Dois Irmãos do Buriti, onde ia pregar para indígenas, em distritos e presídios. Na missa de despedida dele, em Dois Irmãos, a igreja Matriz recebeu cerca de dois mil fiéis. 

Conforme apurado pelo TopMídiaNews, a despedida dele gerou muita comoção entre os fiéis de todas as regiões do Estado. 

Procurada pela reportagem, a Arquidiocese de Campo Grande informou "que o referido presbítero é incardinado à Diocese de Santo Amaro - SP. Não pertence, portanto, ao nosso Presbitério e nunca atuou de maneira estável entre nós. Assim, quaisquer pedidos de informação sobre ele devem ser dirigidos diretamente à sua Diocese de incardinação".

* Matéria atualizada às 8h32 de 17/9 para acréscimo da posição da arquidiocese