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Fevereiro Roxo

Pamela convive com lúpus há quatro anos e compartilha experiência na internet

Mesmo com tantas dificuldades, Pamela procura manter o bom humor e otimismo

04 fevereiro 2021 - 19h00Por Nathalia Pelzl

Pamela Lorraine Ocampos Mendes, 29 anos, foi diagnosticada com lúpus em 2017. Desde então, a rotina nunca mais foi a mesma.  

O cansaço, as dores no corpo e a correria por remédios é rotina diária. Os sintomas começaram em 2011, quando ela começou a reclamar de dores no estômago. 

Os médicos receitaram remédios para aliviar os sintomas, mas ainda não havia o diagnóstico. 

Em 2013, ela voltou a sentir dores intensas, mas foi só em 2017 a certeza.  A doença não tem cura. 

“Eu me sinto impotente sabe, eu não posso fazer nada pra melhorar isso, não "depende" só de mim, quero dizer, eu passo o possível e impossível, até contraí cerca de 21 mil reais em dívidas com medicação e exames, mas tudo depende do meu sistema imunológico e de como meu sistema imunológico vai reagir”, revela. 

Mesmo com tantas dificuldades, Pamela procura manter o bom humor e otimismo. 

"Eu não desanimo nunca, eu ainda acredito na remissão (desativação ou colocar pra dormir) logo, tenho dias que bate uma ""depressão"" ou até crise de ansiedade, aí é bem difícil lidar com todos os comentários, todos os conselhos, todas as indicações de métodos, das pessoas que não são leigas nisso... Mas sempre sorrio, pois isso ajudar a passar um dia de cada vez”, garante. 

Segundo ela, desde o diagnóstico, foram comprados vários equipamentos para auxiliar a saúde como aparelho de inalação, outro para aferir pressão e um de glicemia. 

Só de medicamento, a média de gastos mensal é de R$ 800, apesar de ela receber alguns remédios através do programa do Governo Federal.

Para ajudar outras pessoas, Pamela faz vídeos e publica nas redes sociais, incluindo algumas dicas de palavras para se evitar quando se está diante de um paciente com lúpus. 

“Tento dividir com todos as minhas coisas no lúpus e meus pensamentos. Eu sei que não pareço doente, mas minha doença não tem cura e tudo bem”, finaliza. 

A doença e mês de conscientização

O mês de fevereiro é usado de alerta e conscientização do Alzheimer, fibromialgia e lúpus. A cor escolhida para representar esse mês é o roxo. As três doenças não possuem cura, por isso, o diagnóstico precoce garante mais qualidade de vida aos pacientes.  

De acordo com o Ministério da Saúde, “lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro”. Em outras palavras, trata-se de uma doença em que corpo produz anticorpos em excesso e ataca as próprias células e tecidos saudáveis. 

Não se sabe ao certo o que causa a doença. 

Dentre os sintomas da doença estão: fadiga, febre, dor nas articulações, rigidez muscular, lesões na pele, dificuldade para respirar, dor de cabeça, queda de cabelo, feridas na boca e ansiedade.