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Cidades

Com salários em atraso, médicos ameaçam greve e Santa Casa pressiona por mais repasses

"Já pedi para que a saúde seja prioridade, o problema não é a Santa Casa", diz Esacheu

25 junho 2019 - 11h14Por Nathalia Pelzl e Dany Nascimento

Com os salários em atraso, os médicos celetistas da Santa Casa de Campo Grande ameaçam paralisar as atividades nesta sexta-feira (28). Presidente da instituição, Esacheu Nascimento alega que a crise não é da administração da unidade e sim do poder público.

Segundo ele, o município não fez o repasse necessário para atualizar a folha, sendo que o valor gira em torno de R$ 8 milhões. Em sua defesa, Esacheu disse que já vem tentando conversar com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) há quatro meses e que, até o momento, nenhuma solução foi encontrada.

“Já pedi para que a saúde seja prioridade. O problema não é a Santa Casa, o município não está pagando. Trabalhamos com R$ 17 milhões para atender toda a demanda, compra de medicamentos, pagamentos de salários e, desde 2013, trabalhamos com mesmos valores, sem reajuste”, destacou.

Ele reforça que, mesmo o valor não sendo alterado, houve reajuste no preço dos medicamentos, equipamentos e também dos salários dos funcionários. Ao todo, segundo Nascimento, a Santa Casa recebe R$ 21 milhões, sendo que R$ 4 milhões são descontados.

“Precisamos que o recurso seja repassado no prazo correto, quinto dia útil do mês, toda vez que tem esse repasse já cai automático para o funcionário. O Ministério Público Federal  já foi acionado”.

Conforme Esacheu, o município deve receber a notificação, tendo 48 horas para solucionar o impasse.

“Pagamos 35% e ainda falta pagar 55% dos celetistas. O que devemos para eles é o mês atual. Os autônomos estão com duas competências, abril e maio, em atraso”, destacou.

Entenda o caso

Os médicos celetistas da Santa Casa realizaram uma audiência na tarde de ontem (24), onde ficou acordada a paralisação do atendimento na unidade. A decisão foi devido ao atraso salarial dos funcionários, desde o quinto dia útil deste mês.

A paralisação dos profissionais está prevista para sexta-feira (28), a partir das 19 horas.

 Prefeitura

A Prefeitura de Campo Grande afirmou, em nota oficial, que 'nesta terça-feira o Município está repassando pouco mais de um milhão ao hospital, o que deve auxiliar no pagamento das despesas'.