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Cidades

Universitários criticam contratação de professores sem concurso nas federais em MS

Medida prevê contratação de profissionais que atuam em regime CLT; veja opiniões

03 agosto 2019 - 11h30Por Nathalia Pelzl

A ideia do ministro da educação, Abraham Weintraub, sobre a contratação dos professores para universidades federais sem concurso, é vista com precarização da educação por universitários campo-grandenses.

A medida faz parte do projeto Future-se, apresentada pelo MEC (Ministério da Educação), que prevê para a educação superior a captação de recursos privados as instituições, liberando a contratação dos professores através do regime CLT.

Na visão da acadêmica do curso de engenharia ambiental, Vanessa Bernardes, 21 anos, a medida é focada apenas em reduzir custos.

“Querem reduzir custos. Os concursos devem ser mantidos, tem prova, quem passou está mais preparado para dar aula, quem passa em um concurso também pode ter a possibilidade de ganhar mais”, destaca.

Giuliana Gonçalves Maceno, 18 anos, também cursa engenharia e defende que a ampla concorrência dos concursos permite que o profissional que ocupa a vaga seja o mais capacitado.

“Concurso só mostra a capacidade do professor, pois ele se destacou entre tantos outros, concurso de ampla concorrência vai filtrando”, pontua.

Estudante de doutorado e com foco na carreira acadêmica, Aline Cristina Maziero, 30 anos, ressalta que o atual ministro é economista, sendo assim, pode ver tudo como um gasto. Além disto, na visão dela, tal medida pode ser precária para a educação pública.

“Isso vai precarizar ao máximo a universidade pública, não me parece que a educação é prioridade, considerando todas as atitudes do ministro nesses 6 meses”, finaliza.