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13/07/2018 11:23

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Bebê morre após médico sem CRM receitar dose 10 vezes maior de remédio

O médico se formou em medicina da Bolívia, mas não possui validação para atuar no Amazonas

O Ministério Público investiga a morte do bebê Henzo Pinto Elias, de apenas 10 meses, após um médico sem registro no Conselho Regional de
Medicina receitar uma dosagem 10 vezes maior de um medicamento. O caso aconteceu no último domingo (8) em um hospital público de Santo
Antônio do Içá, no estado do Amazonas.

A criança deu entrada no hospital municipal de Santo Antônio do Içá com sintomas de febre e vômito, e o profissional que a atendeu receitou dipirona e 25 miligramas do antialérgico prometazina. Entretanto, o estado de saúde do pequeno Henzo piorou.

Em depoimento ao Ministério Público, o pai do bebê, Rômulo Souza Elias, disse que após dois dias de internação foi chamado em particular pelo médico, que alterou a receita de 25 para 2,5 miligramas do medicamento. Ele afirma que o profissional pediu para ver a receita e colocou uma vírgula entre o 2 e o 5, alegando ter cometido um erro. 

Agora, o Ministério Público investiga a possível negligência e o fato de o profissional atuar no hospital municipalsem registro no Conselho Regional de Medicina do Amazonas. Em nota enviada ao UOL, o MP afirma que as contratações dentro da lei. No caso de médicos, a lei exige o CRM. Esse tipo de erro não pode acontecer", diz.

Em março deste ano, o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM), apresentou uma denúncia junto ao Tribunal do Contas do Estado (TCE-AM), com pedido de exoneração e suspensão das atividades de quatro médicos que atuavam na prefeitura sem o registro no CRM. 

O médico se formou em medicina da Bolívia, mas não possui validação para atuar no Amazonas, não possui registro no conselho, nem está vinculado ao "Programa Mais Médicos", que habilita profissionais de medicina que estudaram fora a atuar no país.

Em nota, a prefeitura informou que o médico foi contratado como médico cirurgião em Santo Antônio do Içá no dia 1º de junho de 2016. Ele constava na folha de pagamento do município até fevereiro deste ano, quando foi exonerado. A prefeitura afirmou que o médico fazia apenas trabalho voluntário por 10 dias quando atendeu
o bebê.

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