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Geral

Governo Bolsonaro gastou mais de R$ 89 milhões com 'tratamento precoce'

Porém, dívida com Butantan pela produção de vacina ainda não foi quitada

21 janeiro 2021 - 13h10Por Vinicius Costa

O governo de Jair Bolsonaro sempre defendeu o uso de medicamentos, como a cloroquina, para dar início ao tratamento precoce contra a covid-19. E para que isso desse certo, uma alta quantia foi investida na compra dos remédios, que hoje, somam mais de R$ 89 milhões.

Segundo levantamento feito pela BBC News Brasil, a União gastou até a última semana, cerca de R$ 89.597.985,50 com cloroquina, hidroxicloroquina, Tamiflu, ivermectina, azitromicina e nitazoxanida, medicamentos que foram declarados ineficazes contra a doença, por diversos estudos médicos realizados em todo o mundo.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) chegou a realizar testes iniciais com a cloroquina, mas logo interrompeu suas pesquisas em meados de 2020, após o medicamento se mostrar ineficaz.

Entretanto, o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército comprou ingredientes para a produção da cloroquina em maio, o que custou pouco mais de R$ 1,3 milhão. Neste mesmo mês, o Ministério da Saúde protocolou que o atendimento da covid-19 fosse feito com o uso da cloroquina associada à azitromicina.

Já pensando nas vacinas, a aposta do governo de Jair Bolsonaro foi a chamada "vacina de Oxford", desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca. Mas em dezembro de 2020, a situação parece ter mudado. O Ministério da Saúde assinou um convênio com o Instituto Butantan para que fosse feita a compra de "equipamentos para o centro de produção multipropósito de vacinas".

Contudo, o valor acordado ficou em R$ 63,2 milhões, porém, dívida que ainda não foi quitada pela União. Além disso, o governo também pretende comprar novas doses da vacina CoronaVac que serão produzidas pelo Butatan.