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Geral

STF abre inquérito para investigar Pazuello pela crise de Manaus

Ministro da Saúde teria sido informado da falta de oxigênio na capital do Amazonas, mas demorado para agir

25 janeiro 2021 - 19h49Por Thiago de Souza

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, abriu, nesta segunda-feira (25), inquérito para apurar a responsabilidade do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, no colapso da saúde, vivida em Manaus (AM). 

O pedido de investigação foi pedido pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, ao STF. 

“Atendidos os pressupostos constitucionais, legais e regimentais, determino o encaminhamento destes autos à Polícia Federal para a instauração de inquérito”, escreveu Lewandowski.

O prazo para conclusão do inquérito é de 60 dias. Ficou decidido que Pazuello deve ser interrogado após cinco dias depois da notificação. O ministro da Saúde poderá combinar local, dia e horário do interrogatório, diz o site Poder 360. 

O pedido de inquérito de Aras foi feito depois de representações formuladas por partidos políticos, que relataram omissão do ministro e de seus auxiliares.

Ainda segundo o site, a solicitação ao STF cita o documento relatório parcial de ações – 6 a 16 de janeiro de 2021 - datado do dia 17 deste mês, no qual o ministro informa que sua pasta teve conhecimento da iminente falta de oxigênio no dia 8, por meio da empresa White Martins, fornecedora do produto. O Ministério da Saúde iniciou a entrega de oxigênio apenas em 12 de janeiro, segundo as informações prestadas.

“Sustenta existirem indícios de que a pasta comandada pelo representado teria sido alertada com antecedência por uma fornecedora de oxigênio hospitalar de que faltariam, no mês de janeiro de 2021, cilindros com o gás comprimido nos nosocômios da capital do Estado do Amazonas”, argumentou Augusto Aras.