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29/08/2018 14:43

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Temer diz que governo discute distribuir senhas para controlar entrada de venezuelanos

Nesta terça-feira (28), o presidente Michel Temer assinou decreto que autorizou o uso das Forças Armadas para reforçar a segurança no estado de Roraima até o dia 12 de setembro.


O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (29) que o governo discute a possibilidade de distribuir senhas para controlar a entrada de venezuelanos em Roraima. Michel Temer concedeu entrevista nesta manhã à Rádio Jornal, de Pernambuco.

Roraima é a principal rota utilizada pelos imigrantes venezuelanos, que tentam fugir da crise política, econômica e social do país, com inflação alta e desabastecimento.

"Outra providência que talvez venha a ser tomada e que ontem foi objeto de conversações é que entram 700 ou 800 venezuelanos por dia e isso está criando problemas para vacinação, para organização. Eles pensam em colocar senhas de maneira que entrem 100, 150 ou 200 por dia para organizar um pouco mais estas entradas", afirmou o presidente.

Forças Armadas
Nesta terça-feira (28), o presidente assinou decreto que autorizou o uso das Forças Armadas para reforçar a segurança no estado de Roraima até o dia 12 de setembro.

"Editamos a GLO colocando as Forças Armadas nas faixas de fronteira, que alcança Boa Vista e Pacaraima, precisamente em face dos acontecimentos. As coisas estavam lá caminhando por um ritmo desagradavel na relação do povo venezuelanos e povo brasileiro", afirmou à rádio.

O anúncio foi feito dez dias após a cidade de Pacaraima (RR) registrar um ataque de um grupo de brasileiros a acampamentos de venezuelanos.

A fixação de cotas para entrada de venezuelanos em Roraima foi uma das sugestões do senador Romero Jucá (MDB-RR) ao governo federal, além do fechamento temporário da fronteira. Ao não ser atendido, Jucá deixou a liderança do governo no Senado na última segunda-feira (27).


Crise migratória
Na semana passada, o governo de Roraima enviou ao governo federal um ofício com dez cobranças específicas para que o estado enfrente o fluxo desordenado de venezuelanos.

Para embasar os pedidos, o governo de Roraima afirmou que atualmente 800 venezuelanos têm cruzado a fronteira em Pacaraima, ao Norte do estado, disse ainda possuir 1.484 alunos imigrantes matriculados em escolas e que atendeu 7.457 venezuelanos em unidade estaduais de saúde somente esse ano.

Nesta terça-feira (28) o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse o dinheiro solicitado pelo governo de Roraima para ressarcir gastos com a imigração venezuelana “não resolve nada neste momento”.

De acordo com o ministro, os órgãos que cuidam dos venezuelanos em Roraima são federais e a saída para o problema é acelerar a transferência dos imigrantes para outros estados do país.

Ajuda humanitária

Para o presidente Michel Temer, a situação da Venezuela é "inadmissível" e está causando desarmonia no continente sul-americano.

"Eu tenho falado com o presidente do Peru, com o presidente da Colômbia e eles têm milhares de refugiados também lá. É preciso modificar o clima da Venezuela", disse.

O presidente lembrou, durante a entrevista, que o Brasil ofereceu ajuda humanitária, com alimentos e remédios, há mais de um ano à Venezuela, mas que o governo recusou.

"O governo recusa e os venezuelanos vem pra cá. Claro que a nossa política é de acolher aqueles que entrem no país. Não só a nossa política, como os tratados internacionais. Mas o ideal para nós é que eles recebessem nossa ajuda humanitária e que lá pudessem permanecer. Por isso que acabei decretando esta medida (GLO)", afirmou Temer.

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