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Interior

28/01/2019 15:00

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Corumbá tem risco baixo de acidentes com barragens, mas potencial destrutivo é muito alto

Há dois anos, o Imasul não realiza inspeções no local; empresas garantem que as fiscalizações estão em dia

Após tragédia em Brumadinho/MG, a Defesa Civil de Corumbá, município que possui um total de 16 barragens de rejeitos de minério, afirma que vistorias devem ser realizadas semestralmente, com objetivo de impedir que graves acidentes aconteçam.

Porém, de acordo com o tenente da Defesa Civil, Isaque do Nascimento, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) não realiza vistorias na região há dois anos.

“De acordo com as regras as vistorias por parte do DNPM, devem ser realizadas de seis e seis meses a vistoria. O Instituto do Meio Ambiente, que também é um órgão fiscalizador, já tem mais de dois anos que não realiza esse trabalho por aqui. Segundo as empresas mineradoras, essa agenda está sendo cumprida. Nesse caso é obrigação expressa da empresa ter inspeção quinzenal nas estruturas das barragens”, explica o tenente.

A barragem do Gregório, que pertence a empresa Vale, é a maior existente na região, classificada pelo órgão regulador como de porte médio. “A sua categoria de risco, de acordo com os métodos de classificação, é baixo. Outro critério que afere a condição das barragens é o Dano Potencial Associado, no caso da barragem do Gregório, está enquadrada como alto por conta da presença humana, presença da fauna e flora, volume do reservatório e impacto socioeconômico”.

Conforme o tenente, “a última barragem feita na empresa foi em setembro de 2018, sendo identificado, na ocasião, a presença de infiltração próximo ao extravasor, cuja anomalia o gestor da barragem já estava em tratativa de correção".

"Já na empresa Vale, a última vistoria realizada por esta Agência Municipal de Proteção e Defesa Civil, foi em outubro de 2018, sendo constatado, na ocasião, que a barragem possuía o fator de segurança de acordo  com as normas brasileiras, não sendo detectada nenhuma anomalia em sua estabilidade, que ameaçasse a sua segurança física e hidráulica”, destaca.

Em outubro do ano passado, representantes da Defesa Civil realizaram um simulado de ruptura de barragem. “Foi realizado um simulado envolvendo todo contingente da VALER, esta Defesa Civil de Corumbá, representantes da Defesa Civil Estadual, Secretaria Especial de Segurança Pública,  DNPM, IMASUL, Guarda Municipal, Exército, Marinha e a população residente no entorno”.

Governo do Estado

TopMídiaNews entrou em contato com o governo do Estado, que representa o Imasul, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.

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