O vereador Zé Paraíba (Progressistas) denunciou, nesta terça-feira (6), pagamentos suspeitos feitos pela Câmara Municipal de Terenos. Ao questionar os gastos, teve suas atribuições de primeiro-secretário da Casa restritas pelo presidente da Câmara, Marcos Inácio Campos (PSDB) e se sente ameaçado.
Conforme explicado ao TopMídiaNews, é o primeiro-secretário da Mesa Diretora o responsável por fazer e acompanhar pagamentos da Casa de Leis, seja por cheque ou outros meios. Zé Paraíba detalhou que em setembro, outubro e novembro identificou pagamentos suspeitos.
Ainda de acordo com a denúncia, os depósitos para uma pessoa não identificada foram feitos em setembro (sete transferências de R$ 6 mil), em outubro (oito pagamentos de R$ 6 mil) e em novembro de 2023 (seis pagamentos de R$ 6 mil).
''Entrava o repasse todo dia 20 de cada mês e no 20 seguinte tinha pouco dinheiro. Um dia um funcionário pediu um vale e foi informado que não tinha dinheiro na conta'', detalhou o denunciante.
Ao notar os pagamentos, Zé Paraíba diz ter desconfiado e questionado o presidente da Câmara, que teria desconversado. Após outro questionamento, Marcos teria justificado que estava pagando contas da Câmara.
O vereador se recorda de uma ocasião onde fez mais um questionamento sobre os pagamentos suspeitos e teria ouvido do presidente ''Fica tranquilo que pra você não sobra nada, sobra para o presidente'', garantiu.
Coação
O autor da denúncia destaca que Ocampos mudou o regimento da Câmara e restringiu as atribuições dele, de ter acesso e fazer os pagamentos da Casa.
''E esses pagamentos não estão no Portal da Transparência. A mim me cheira corrupção'', acrescentou Zé Paraíba.
Diante da situação, ele pediu demissão da primeira secretaria da Câmara. Em outro trecho o vereador diz que uma terceira pessoa, que ele não quis citar o nome, falou algo de o deixou com medo.
''toma cuidado, ele já foi policial'', teria dito a fonte sobre a profissão anterior de Márcos Inácio.
''Minha preocupação é em respeitar o dinheiro público'', finalizou o legislador.
O espaço está aberto para manifestação do presidente da Câmara, que foi acionado via WhatsApp. A resposta será publicada assim que chegar.
