O desaparecimento de Carlos Reis Medeiros de Jesus, 52 anos, em Campo Grande, completou 40 dias neste domingo (9) sem qualquer informação sobre seu paradeiro.
A Polícia Civil segue trabalhando para solucionar o caso, que chamou a atenção dos campo-grandenses pela forma como tudo aconteceu, no dia 30 de novembro do ano passado. Mas o silêncio pelas atualizações da investigação é uma tradição seguida à risca pelos policiais.
A frente das investigações, o delegado titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), Carlos Delano, explicou para o TopMídiaNews que as diligências da sua equipe ainda estão em curso, mas qualquer informação neste momento é inviável.
O delegado entende que, na fase de apuração de maneira interna, qualquer informação cedida pode prejudicar o andamento das investigações e comprometer todo o trabalho construído ao longo do último mês.
A força-tarefa na busca pelo paradeiro de Carlos Reis começou no início de dezembro do ano passado.
Desaparecimento
O 'Alma', como era conhecido, não é mais visto desde as primeiras horas de 30 de novembro, quando seu veículo foi encontrado destrancado em um terreno próximo a sua casa, na região do Tiradentes.
Segundo apurado, Carlos teria saído para resolver um problema do trabalho, mas desde então não voltou.
A esposa de Alma, então, decidiu procurar a delegacia para registrar o desaparecimento do seu marido.
Prisão de 'suspeitos'
A investigação para entender o desaparecimento de Carlos Reis Medeiros de Jesus, de 52 anos, o 'Alma', como era conhecido, ganhou corpo na noite do dia 4 de dezembro com a prisão de um homem, de 33 anos.
Além desse homem, outras duas pessoas, de 32 e 22 anos, foram levadas para a delegacia como suspeitos de terem participado no sumiço de Alma.
Na versão da esposa da vítima, um desses homens - o de 32 anos - estaria devendo uma certa quantia para Carlos, que era agiota. Essa dívida pode ter motivado o desaparecimento de Carlos. A mulher acredita que seu marido tenha sido assassinado.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar recebeu denúncias e contou com a colaboração da esposa para chegar até o homem e outro dois suspeitos.
A denúncia apontou que os suspeitos estariam pela região do bairro das Moreninhas, fugindo por uma região fora da cidade. Nas rondas feitas pelas equipes policiais, um Volkswagen Parati foi abordado e neles estavam três homens e uma mulher.
Na apuração, pelo menos dois dos três homens foram citados pela esposa de Alma como possíveis responsáveis pelo desaparecimento do marido. Inclusive, segundo o boletim de ocorrência, um deles apresentou documentação falsa e foi preso tendo dois mandados de prisão em seu desfavor ainda quando era residente no Acre.
Ex-funcionário 'abrindo' o jogo
Homem de 45 anos procurou a delegacia, na manhã do dia 15 de dezembro, para relatar supostas ameaças recebidas da família do garagista desaparecido há duas semanas em Campo Grande.
Segundo informações do boletim de ocorrência, o homem trabalhou por algum tempo com Carlos Medeiros de Jesus, o 'Alma', em uma revendedora de carros.
Numa época, o agiota teria emprestado R$ 1 mil, valor que já teria sido quitado, segundo a vítima na delegacia. O agiota e a vítima fizeram um acordo no qual a casa dele poderia ser penhorada - localizada no bairro Jardim Noroeste.