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Polícia

12/04/2017 16:35

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Abatido e tremendo, adolescente vítima de PRF confirma que policial estava exaltado antes de matar

Policial Ricardo Moon pediu para não comparecer a audiência e foi dispensado

O adolescente de 17 anos, baleado pelo policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon,47, na manhã de 31 de dezembro de 2016, confirmou ao juiz que o policial estava bastante exaltado momentos antes de atirar e matar o empresário Adriano Correia do Nascimento, após uma discussão de trânsito.

A fala do menor aconteceu na audiência de testemunhas selecionadas pela defesa de Moon, conduzida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, no Fórum de Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (12). 

O primeiro a depor foi justamente o menor, que só divergiu do depoimento das testemunhas de acusação quanto ao horário em que teria chegado a um bar. Ele relata que entrou no estabelecimento às 11h30, ao passo que o padrasto dele, Agnaldo Espinosa, relatou que chegou às 2h30. Outro ponto divergente foi o fato do menor dizer que não ingeriu bebida alcoólica nesse bar, ao passo que Espinosa disse que sim. 

De cabeça baixa e tremendo, o adolescente contou que na ocasião em que o veículo conduzido por Adriano fechou a Pajero de Ricardo Moon, ele estava dormindo. Ele relata que não estava embriagado, ouviu uma discussão e tentou entender o que acontecia. Conforme o depoimento, o PRF estava muito alterado, não estava fardado e insistia para que os ocupantes da caminhonete Hilux obedecessem suas ordens. Em nenhum momento o policial mostrou qualquer identificação que seria um agente da PRF. 

Em sua fala, a vítima contou também que depois dos tiros sentiu uma queimação na perna e avisou o padrasto que teria sido atingido, porém não se lembra de mais nada porque desmaiou. 

O segundo depoimento da tarde, foi do proprietário da Boate Non Stop, Cristian Queiroz Felipe, que relatou ter presenciado Adriano 'alegre' devido ao consumo de bebida alcoólica, mas que ele aparentava ter capacidade para dirigir. A defesa de Ricardo Moon, o advogado Renê Siufi, continua a explorar justamente o fato do empresário ter bebido e ficado agressivo quando conversou com o policial. 

Outro ponto destacado pelo advogado foi o fato de Adriano ter levado o adolescente a uma boate imprópria para menores de idade e dado bebida a ele. Queiroz reconheceu que não pediu a identidade do garoto, pois tinha uma relação de confiança com o empresário morto. O dono da boate destacou ainda que Adriano sempre foi um bom cliente e que nunca causou problemas na casa. 

Outra testemunha arrolada pela defesa do policial, Natália Arévalo, conta que na ocasião do crime estava passando pelo local com o marido e o filho e achou que a confusão se tratava de uma briga. Assim como outras testemunhas, ela confirma o fato do policial estar sem identificação. 

O acusado, Ricardo Moon, pediu para não comparecer a audiência e foi dispensado, já que é um direito previsto em lei. A defesa dele tem o direito de solicitar mais duas testemunhas, já que os dois que havia arrolado, são peritos e depuseram ontem na audiência que apurou suspeita de fraude processual por conta do aparecimento de flambadores na carroceria da caminhonete da vítima.   

A audiência, que deve ser encerrar os depoimentos de defesa com a fala do réu, acontece na próxima quinta-feira (19), às 16h15. 

 

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