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Polícia

11/04/2017 17:15

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Caso PRF: delegado e peritos negam ter visto flambadores e reforçam tese de fraude processual

Objeto apareceu dias após o crime e foi achado após sugestão 'estranha' de um funcionário

Um delegado de polícia e dois agentes de polícia científica negaram ter visto flambadores ou qualquer outro objeto que possa parecer com uma arma de fogo, no dia do crime, dentro da caminhonete do empresário Adriano Correia do Nascimento, assassinado a tiros pelo policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon. O depoimento reforça a suspeita de fraude processual, investigada pelo juiz que conduz o caso.   

Os dois depuseram em audiência conduzida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que pretende esclarecer se houve fraude processual após flambadores e garrafas de bebidas alcóolicas aparecerem quatro dias após o crime dentro do veículo do empresário Adriano, no pátio da Coordenadoria-Geral de Perícias. 

O delegado Enilton Pires Zalla, que foi o primeiro a assumir o caso na Depac Centro, no dia 31 de dezembro de 2016, contou que viu somente capacete, casaco, envelopes, agenda, carteira, cheques, latinha de cerveja e garrafas vazias. 

''Achei cápsulas a 200 metros do local, como não vou achar um flambador, com esse detalhe em vermelho?", questionou Zalla. 

Delegado Enilton Zalla (esq) nega ter visto flambadores

(Peritos também depuseram e negaram ter visto flambadores)

Ainda segundo o delegado, as informações dadas pelo PRF ao delegado, já na delegacia, depois da visita no hospital, não batem. "Ali, ele já perdeu minha credibilidade. Disse que estava só sem o colete, mas as imagens mostram que ele estava de camiseta listrada. Ele não relatou nenhuma situação de perigo, que estava com medo de assalto, nada disso, apenas relatou que o veículo avançou sobre ele em certo momento. Logo depois, aconteceram os disparos". Zalla disse que os flambadores sequer foram citados pelo PRF e que este elemento só surgiu após o autor se reunir com seus advogados. 

Segundo a ser ouvido, o agente de polícia científica Ellison Ferreira Xavier, que estava no dia no local, também alega não ter encontrado flambadores em nenhum local do veículo, ''a menos que estivesse escondido dentro de outro objeto. Esses objetos teriam sido percebidos no momento da perícia". 

Valdinei Ferreira Nunes, agente de polícia científica, foi quem tirou os objetos do carro, quando o mesmo já tinha sido levado ao pátio do Instituto de Criminalística. O galpão, segundo ele, é aberto e não é vigiado por seguranças nem câmeras de segurança e pouco iluminado. Porém, no dia 31 ele é categórico ao afirmar que não havia flambadores no veículo. 

No dia 2, em uma perícia mais detalhada, Nunes relata que também não viu os objetos e que para fazer fotos teve de tirar o excesso de pertences e tem certeza que os flambadores não estavam na carroceria do veículo. ''Depois eles aparecerem muito visivelmente, impossível não terem sido percebidos", aponta Valdinei. 

No entanto, Nunes conta que um perito criminal mais experiente, chamado Domingos Sávio Ribas, que não tinha qualquer vínculo com a investigação, chegou a ele e sugeriu que fizesse nova busca no veículo para evitar que 'algo passasse batido''. Nunes conta que achou estranha a sugestão, mas foi verificar novamente a caminhonete e achou os tais flambadores.   

 

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