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Polícia

26/02/2019 07:00

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Adolescentes que espancaram Gabrielly 'compraram briga' de priminha do 4º ano

Do lado de fora, a adolescente e uma amiga deram chutes e golpes de mochila em Gabrielly, que morreu dias depois

Uma das adolescentes acusadas de ter agredido Gabrielly Ximenes de Souza, 10 anos, na saída da escola Lino Vilachá, no bairro Nova Lima em Campo Grande, seria prima da criança que iniciou uma rixa com Gabrielly dentro da escola.

De acordo com a delegada da DEAIJ (Delegacia Especializada em Atendimento à Infância e Juventude), Ariene Murad, a adolescente e uma amiga deram chutes e golpes de mochila na criança, causando um trauma na virilha, que culminou com a morte da menina.

“A criança que começou a brigar com Gabrielly era da sala dela, do 4° ano da escola. Ela teria puxado o cabelo da Gabrielly durante uma briga dentro da escola e, do lado de fora, Gabrielly foi agredida pelas adolescentes. Segundo as testemunhas, a criança não teria se envolvido na briga do lado de fora da escola, só as adolescentes que agrediram a criança com chutes e mochiladas”, disse a delegada.

A estudante morreu no dia 6 de dezembro de 2018, após ser internada na Santa Casa de Campo Grande. “A Gabrielly tinha imunodeficiência primária, que é difícil de ser detectada e, conforme o histórico clínico, ela tinha várias passagens nas unidades de saúde. O laudo conclui que a causa da morte foi tromboembolismo pulmonar provocado por artrite séptica. [...] A criança só morreu porque houve trauma”, disse a delegada.

O caso

Gabrielly Xinemes teria sido espancada após a escola por duas meninas de 13 anos. O caso ocorreu no dia 29 de novembro na saída da escola Lino Vilachá, no bairro Nova Lima em Campo Grande. A família teria acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a criança foi atendida na Santa Casa. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Gabrielly passou por exames e nenhuma lesão foi constatada.

Em casa, a menina começou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada para uma Unidade de Saúde, em seguida par ao CEM. “Colocaram uma tala na perna dela, mas ela sentiu mais dores ainda. A dor era na virilha e não na perna. Chegou um momento, que minha filha começou a ficar muito febril e não andava mais, daí levamos ela novamente na Santa Casa”, conta o pai.

A menina deu entrada na Santa Casa, passou por exames, que constataram que a menina estava com artrite séptica (infecção no líquido e tecidos de uma articulação, geralmente causada por bactérias, mas ocasionalmente por vírus ou fungos). Ela passou por cirurgia, teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

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