O clima na escola Adventista, onde um menino de nove anos foi baleado acidentalmente ao levar uma arma para o local, segue tranquilo na manhã desta quinta-feira (19), e os pais evitam falar sobre o incidente.

Na tarde de ontem (17), o garoto entrou armado na escola localizada na Rua Rio Grande do Sul, no Jardim dos Estados, e sem querer, atirou na própria perna. A equipe de reportagem do TopMídiaNews foi ao local na saída dos alunos do período matutino, mas os pais preferiram não falar sobre o ocorrido e apenas adiantaram que haverá uma reunião com a direção da escola ainda nesta quinta-feira.

Eliana Bertodo, de 32 anos, disse que a filha estuda na escola há três anos e, apesar de levar um susto ao saber o que havia acontecido, ela acredita que isso não influencia no aprendizado dos estudantes.

“Espero que isso não volte a acontecer em lugar algum, mas creio que aqui é uma excelente escola e não acho que o que aconteceu influencie no ensino dos alunos. Minha filha tem nove anos e ela nem sabe o que aconteceu. Infelizmente fatalidades acontecem mesmo”, ressaltou.

Estado de saúde da criança baleada

O menino não chegou a passar por cirurgia e segue internado na Santa Casa de Campo Grande.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, o estudante foi atingido superficialmente no tornozelo, passou por sutura (ponto) e segue estável. Ele está em observação no Prontomed, consciente e orientado. 

Ainda conforme a Assessoria, os médicos cogitam dar alta ao garoto ainda hoje.

Caso

O menino de nove anos entrou armado na escola e teria contado aos colegas que tinha uma pistola na mochila, mas as crianças não teriam 'levado a sério'. Por volta de 16h30, durante a aula de geografia, o aluno teria disparado acidentalmente contra o tornozelo.

A informação é de um colega de sala do garoto, também de nove anos. “Estava todo mundo distraído, e eu ouvi o barulho do tiro e ele falando ‘ai’. A professora, na hora, pegou ele e saiu da sala”, disse a criança.

O menino pegou uma arma 640 calibre .40 do pai, que estava trancada dentro de um escritório na residência da família, colocou na lancheira e levou para a escola. O Colégio emitiu nota e lamentou o fato.

A escola destaca ainda que os alunos que presenciaram o ocorrido e todos que sentirem necessidade terão atendimento psicológico. A criança, vítima do disparo, e a família dela vão receber apoio do colégio, assim como a polícia terá todas as informações necessárias.

O pai da criança seria Agente de Segurança e, conforme a polícia, a arma seria de uso pessoal, já que ele possui o porte da mesma.