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Polícia

03/10/2019 07:00

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Como na máfia italiana, milícia dominava MS na prática do cobrar favores

Gaeco e Garras revelam modus operandi de grupo criminoso

Não foi só do próprio nome que a operação Omertá se inspirou na Cosa Nostra, a famosa máfia italiana imortalizada na figura do napolitano Al Capone. Além da lei do silêncio, de onde vem a nomenclatura da investigação, a milícia desmantelada em Campo Grande apostava na cobrança de favores para ‘fidelizar’ Mato Grosso do Sul.

A ideia, e prática, é simples: ajudar quem precisa, seja financeiramente ou com a influência. Em troca, cobrar favores, em serviços ou mesmo ‘aptidões’ especiais de seus devedores.

Esse era o modus operandi da Cosa Nostra, ‘modernizado’ na versão pantaneira da família Name. Nome tradicional no Estado, com posses e negócios, o núcleo familiar tinha facilidade em cooptar pessoas específicas para os seus negócios. Pelo menos é o que apontam as investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros).

Foi assim, por exemplo, que o grupo teve como ‘funcionário’ Paulo Roberto Teixeira Xavier. Ironicamente, Paulo depois se tornaria alvo da própria milícia, que acabou – ainda segundo os autos – supostamente executando por engano o filho, Mateus Xavier.

Conforme revelado pelo próprio Paulo Xavier, após enfrentar um período de ‘dificuldades financeiras’, ele acabou atuando como segurança da família Name, em ‘troca de favores’ principalmente de Jamil Name Filho.

Xavier revela, inclusive, que presenciou famosa briga entre Name Filho e Marcel Colombo, o Playboy da Mansão, em uma boate em Campo Grande. Playboy seria executado anos depois, em crime que o Gaeco atribuiu à milícia da Omertá.

O então segurança afirma que se afastou da família Name, mas acabou depois alvo do próprio grupo para quem trabalhou. Porém, na ocasião do atentado, o filho de Paulo, Mateus Xavier, acabou morto no lugar do pai.

Conforme mostrado pelo próprio Gaeco e Garras, trabalhar com os Name era um trabalho perigoso. Até mesmo Marcelo Rios, apontado como gerente do grupo, abaixo apenas dos líderes, afirmava que teria medo de morrer após o erro na morte do filho de Paulo Xavier.

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