Com o auxílio da população, a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) realizou a prisão de 6 homens durante a tarde da última quinta-feira (15), em Campo Grande. Em menos de 4 horas, a especializada efetivou 3 operações de combate ao tráfico de drogas, todas oriundas de denúncias feitas pela comunidade.  

A equipe de investigação, por volta das 15h30, foi até a rua Luiz Louzinha no Jardim Nhanhá averiguar uma denúncia de que 2 rapazes estariam comercializando entorpecentes em via pública. No local estava Matheus Henrique Resquim, de 19 anos, em atitude suspeita. Ao avistar a viatura, o jovem tentou correr para um comércio de móveis usados, mas acabou sendo detido com cerca de 3 gramas de maconha nos bolsos. Durante interrogação, o garoto entregou o xará, Matheus de Onório Cardoso, de 20 anos, como comparsa dele nas negociações ilícitas. A equipe apreendeu na residência de Onório uma balança de precisão e verificou diversos indícios de venda de drogas.

Xarás foram presos com maconha e balança de precisão.

A segunda operação foi na antiga Rodoviária de Campo Grande. Lugar onde, de acordo com o delegado Gustavo Ferraris, é uma região tradicional de consumo de drogas por ter grande aglomeração de usuários.

A Denar recebeu a informação de que 2 bolivianos estariam na rodoviária tentando vender pasta-base de cocaína e, ao abordar os suspeitos, confirmou que os homens ofereciam entorpecentes para os frequentadores da região. Luidy Garcia Torrico, de 22 anos, e German Ardaya, de 20, estavam hospedados em um hotel na rua Joaquim Nabuco desde a última terça-feira (13), no bairro Amambaí. 

Os bolivianos vieram do país vizinho transportando 111 cápsulas de pasta-base no estômago e expeliram cerca de 930 gramas de entorpecentes. Luidy afirmou aos policiais que iniciariam as vendas nos próximos dias e esperava faturar em torno de 7 mil reais com a droga.

As duas últimas prisões por tráfico de drogas foram no Bar do Freitas, na rua Allan Kardec, também na região da antiga rodoviária. De acordo com o delegado, o estabelecimento servia como ponto de vendas de cocaína há algum tempo. Tentando não levantar suspeitas, o dono do comércio Jaime Augusto da Silva, e o funcionário Sérgio Silva Fonseca, conhecido como Paulo, deixavam a pedra inteira da droga para evitar a configuração de tráfico.

Quando o usuário chegava no bar para comprar, Jaime Augusto ia até o banheiro e cortava os pedaços para a venda. Ao ser flagrado pela Polícia Civil saindo do local com uma porção recém-adquirida, o usuário acabou confessando o envolvimento de uma 3ª pessoa ainda não identificada. No estabelecimento foram apreendidas duas pequenas porções embaladas totalizando 0,40 gramas.