Ministério Público Estadual pediu a condenação de 19 réus da Operação Omertà, a maioria por crimes de corrupção e organização criminosa armada. A ação foi deflagrada em setembro de 2019, em Campo Grande e Ponta Porã.
Esse é um dos processos da Omertà, que entrou na fase. Segundo a descrição do MPE, 21 pessoas integravam ‘’cada qual a sua maneira, com tarefas bem definidas, uma grandiosa organização criminosa, liderada por Jamil Name, tinha dentre seus objetivos a execução de homicídios’’.
A investigação apontou dois núcleos da organização, sendo o de Campo Grande, chefiado por Jamil Name e Jamil Filho e o Ponta Porã, chefiado por Fahd Jamil e o filho, Flávio Correa Jamil Georges.
A lista é grande e tem entre seus principais nomes o ex-prefeito de Ponta Porã, Fahd Jamil, o ''Fuad'' e também conhecido como ''Rei da Fronteira'', Jamil Name Filho, o ''Guri'', o Filho de Fahd, Flávio Correa Jamil Georges, Jerson Domingos, presidente do Tribunal de Contas do MS, além de dois policiais, sendo um federal e outro civil.
O condenado mais famoso da operação é Jamil Name Filho, que segue preso na Penitenciária Federal de Mosssoró (RN) desde 2019.
Policial federal em destaque teve pedido de expulsão (Foto: Repórter Top)
Confira a lista:
Fahd Jamil – organização criminosa armada e corrupção ativa. O detalhe é que ele é acusado várias vezes do mesmo crime.
Flavio Correa Jamil organização armada e corrupção (por duas vezes, sendo um policial federal e civil); tráfico de armas e violação de sigilo funcional.
Jamil Name – corrupção ativa e aquisição de arma de fogo de uso restrito – foi extinta a punibilidade em razão de falecer.
Jamil Name filho – aquisição de arma de fogo e corrupção ativa, por várias vezes;
Benevides Candido Ferreira – organização criminosa armada
Cinthya Name Belli – organização criminosa armada e corrupção ativa por 11 vezes.
Davison Faria Ferreira Campos, o ‘’Deives’’ - organização criminosa armada, corrupção passiva e violação de sigilo funcional;
Euzébio de Jesus Araújo – o ‘’Nego Bel’’ – tráfico de armas de fogo;
Frederico Maldonado Arruda – organização criminosa armada;
Jerson Domingos - organização criminosa armada;
Lucas Silva Costa, o Lukinhas, organização criminosa armada e tráfico de armas de fogo;
Lucimar Calixto Ribeiro, o ‘’Mazinho’’ - organização criminosa armada , tráfico de armas e corrupção ativa;
Marcelo Rios – violação de sigilo funcional;
Marco Monteoliva - organização criminosa armada e tráfico de armas;
Melciades Aldana, o ‘’Mariscal’’ - integrar organização criminosa armada – foi suspenso para ele pois está foragido;
Paulo Henrique Malaquias de Souza, o ‘’JP’’, organização criminosa armada e tráfico de armas
Rodrigo Betzkowski de Paula Leite – ‘’Rodrigo Patrón’’ - organização criminosa armada
Thyago Machado Abulahad organização criminosa armada – extinta a punibilidade porque morreu;
Vladenilson Daniel Olmedo, o Vlad, aquisição de arma de fogo.
O MPE também pediu a demissão de dois policiais, sendo um federal e um civil, em razão das graves acusações. O espaço está aberto às manifestações das defesas.