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Política

há 1 ano

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Desembargador alega suspeição e pede para deixar processo da Omertà

Ele esteve no aniversário de um dos réus, que era parente de outros envolvidos na ação

O ex-presidente do Tribunal de Justiça do MS, desembargador Carlos Eduardo Contar, pediu para deixar os processos referentes à Operação Omertà, que desbaratou uma organização criminosa, cujo um dos líderes, segundo o Ministério Público, era Jamil Name, ja falecido.  

O magistrado, em decisão assinada em 8 de março, se disse suspeito para seguir atuando nos processos, entre eles um que foi sorteado relator. Sem dar detalhes, ele alegou questões de foro íntimo, mas há publicações de jornais da cidade, que mostram que ele tinha relações íntimas com um dos réus, que por sua vez era tio de outros investigados. 

Na decisão, Contar citou artigo da lei que permite tal medida.  

''Ao aprofundar na análise do presente feito, tomar conhecimento acerca dos fatos em apuração e melhor refletir sobre o cabimento de qualquer manifestação tenho que, por razões de foro íntimo, aplicar analogicamente o art. 145, § 1º, do Código de Processo Civil, declarando-me suspeito para atuar no feito''. 

E continuou:

''Assim, para que se evite qualquer transtorno, proceda-se a nova distribuição - assim como para todos os outros processos a este conexos... '', completou Contar. 

Contar foi sorteado para relatar um recurso do Ministério Público Estadual e outras partes, contra absolvição de réus, de acusações como obstrução de justiça. 

Aniversário

Contar foi somente uma, das várias autoridades presentes, no aniversário de 80 anos, do então réu no processo, Jamil Name. O evento foi em uma prestigiada casa de eventos da cidade, que contou também com ex-delegado, vereador e membros de uma tradicional família da política. 

À época, a operação Omertà ainda não havia sido deflagrada pelo Gaeco e Garras, mas o réu já havia sido investigado diversas vezes, por chefiar jogo do bicho na cidade. Ele era cunhado de outro investigado, o presidente do Tribunal de Contas do MS, Jerson Domingos, pai de Jamil Name Filho, que está preso e do deputado estadual, Jamilson Name, também investigado. 

Com a decisão, o TJMS vai sortear novo desembargador para o caso. 

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