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Polícia

Ex de Jairinho diz que filho 'apareceu' com fêmur quebrado após festa com vereador

À Polícia, a mulher contou que o vereador colocou um papel e um pano na boca do menino. Depois, deitou a criança, subiu no móvel e pisou sobre ela

18 abril 2021 - 15h38Por Rayani Santa Cruz

 Débora Melo Saraiva, ex-namorada do vereador Jairo Souza Santos Júnior, disse  à polícia que, após uma festa de aniversário em que foi na companhia do parlamentar, o filho dela retornou para casa com uma fratura no fêmur.

Conforme o Metrópoles, Jairinho disse à ex que gostaria de sair sozinho com a criança porque, de acordo com o político, sua ex-mulher, a dentista Ana Carolina Netto, não o deixava ver o próprio filho.

Dr. Jairinho segue preso com a atual namorada, a professora Monique Medeiros, desde 8 de abril, por obstrução de justiça e interferência nas investigações do homicídio duplamente qualificado do menino Henry Borel, de 4 anos, filho dela, assassinado no apartamento do casal na noite de 8 de março. O vereador é investigado por agressões a três crianças.

No novo depoimento, Débora lembrou que, no dia da festa, Jairinho pediu para acompanhar o menino:

“Deixa eu levar ele. Porque a Ana não deixa eu levar o meu filho, não deixa eu ver o meu filho. Deixa eu levar o seu, eu que cuido, eu que sou o pai. Só quero levá-lo para se divertir”, teria dito o vereador expulso do partido.

De acordo com o documento, Débora conta após ser informada que o filho teria torcido o joelho, médicos de uma clínica particular da Barra da Tijuca, na zona oeste, constataram que ele tinha, na verdade, uma fratura no fêmur. A mãe afirmou ter estranhado o fato de o filho não ter chorado em nenhum momento, mesmo diante da lesão grave, descobrindo, em seguida, que o menino sofria ameaças do parlamentar.

Hoje, aos 8 anos, o garoto relatou para a mãe que, em 2015, quando tinha menos de 3 anos, foi vítima de outra violência de Jairinho. O garoto relatou que o vereador colocou um papel e um pano em sua boca, avisando que ele não poderia engoli-los. O vereador deitou a criança no sofá da sala, subiu no móvel e pisou com os pés sobre o corpo do menino.

Nesse novo relato aos policiais que investigam a morte de Henry, na madrugada do dia 8 de março, dentro de casa, Débora disse que “não é capaz de contabilizar” as inúmeras agressões de que foi vítima. Em 2020, quando os dois estavam na casa da família de Jairinho em Mangaratiba, a estudante diz ter sido agredida porque tentou impedi-lo de ler o conteúdo do seu celular.