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Polícia

16/12/2018 09:30

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Em luto, família vai passar Réveillon sem acesso ao laudo sobre a morte de Gabrielly

O resultado da autópsia está previsto para 5 de janeiro de 2019; enquanto isso, família segue cheia de incertezas

A família de Gabrielly Ximenes, 10 anos, que morreu dias após ser espancada por colegas de escola, em Campo Grande, clama por justiça. Eles ainda aguardam o laudo da autópsia que foi realizada na criança para identificar a causa da morte, mas o resultado só sai em 5 de janeiro de 2019.

O pai da menina, Carlos Roberto Costa de Souza, conta que ficou sabendo da data quando prestou novo depoimento para a polícia. “Agora vamos aguardar para ver o que o exame diz, para ver o que de fato aconteceu com a minha filha. Estamos daquele jeito, tentando ser fortes, mas a falta da minha filha é muito grande. Os dias estão sendo bem complicados sem ela”.

Carlos afirma que tenta ser forte para dar apoio para a mãe de Gabrielly e as filhas. “Eu estou tentando me manter forte, claro que um pai nunca vai esquecer seu filho, mas a mãe dela está muito frágil, chora muito, sente muito a falta dela. As irmãs também estão bem frágeis e até evitam entrar no quartinho dela aqui em casa. Todos estão muito deprimidos, queremos uma resposta da polícia”.

A missão de Carlos agora é não deixar a morte da filha cair no esquecimento. “Quero que o caso da minha filha seja sempre lembrado para que outras famílias não passem pelo que estamos passando. Minha filha foi agredida na escola, depois foi ficando ruim até que, infelizmente, perdeu a vida. Queremos justiça, queremos saber exatamente o que aconteceu, se as agressões levaram a isso”.

O caso

Gabrielly Xinemes teria sido espancada após a escola por uma criança de 10 anos e outras duas meninas de 14 anos. O caso ocorreu há duas semanas, na Capital. A família teria acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a criança foi atendida na Santa Casa. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Gabrielly passou por exames e nenhuma lesão foi constatada.

Em casa, a menina começou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada para uma Unidade de Saúde, em seguida par ao CEM. “Colocaram uma tala na perna dela, mas ela sentiu mais dores ainda. A dor era na virilha e não na perna. Chegou um momento, que minha filha começou a ficar muito febril e não andava mais, daí levamos ela novamente na Santa Casa”, conta o pai.

A menina deu entrada na Santa Casa, passou por exames, que constataram que a menina estava com artrite séptica (infecção no líquido e tecidos de uma articulação, geralmente causada por bactérias, mas ocasionalmente por vírus ou fungos). Ela passou por cirurgia, teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. 

Carlos Roberto, pai de Gabrielly Ximenes, de 10 anos, declarou que a porta de casa está aberta para conversar com as famílias das meninas que agrediram a sua filha. Carlos diz que a única coisa que quer no momento é esclarecimentos quanto ao assunto.

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