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Esposa de procurador que matou idosa atropelada está longe de sentar no banco dos réus

Três anos depois do acidente, Justiça ainda ouve testemunhas do caso

Três anos e quatro meses após atropelar e matar uma idosa de 91 anos no trânsito, em setembro de 2017, em Campo Grande, Cirlene Alves Lelis Robalinho, esposa do procurador de Justiça Gilberto Robalinho, não tem data para sentar no banco dos réus. 

Conforme o processo que tramita na 3ª Vara Criminal, a Justiça ainda realiza a oitiva de testemunhas. Uma audiência foi realizada no dia 28 de janeiro e o Ministério Público solicitou a oitiva de outras duas testemunhas do caso.

De acordo com o termo de audiência juntado aos autos do processo, O Ministério Público se comprometeu em promover o contato com as testemunhas e informar ao juízo quanto a apresentação.

A nova audiência acontece no dia 22 de março, às 13h30, por videoconferência. 

Trâmite processual

A defesa dela alega que a culpa foi da vítima e nega que a cliente estivesse falando ao celular, mesmo com o depoimento categórico de uma das testemunhas.

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Publico Estadual, que alegou que a ré foi imprudente e imperita ao conduzir um Fiat Uno Way e mudar de pista de direção. A denúncia diz ainda que ela falava ao celular quando atropelou Verônica Fernandes, na avenida José Nogueira Vieira, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.

No entanto, para a defesa, que contratou até perícia particular, a culpa foi da vítima que desceu do ônibus, se desequilibrou e caiu no chão, sendo em seguida atingida pelo carro de Cirlene.

A família da vítima chegou a pedir para que o Consórcio responsável pelo ônibus onde Verônica tinha acabado de descer disponibilizasse as imagens das câmeras de segurança, no entanto não havia gravação do horário do acidente.

Uma das testemunhas conta que desceu do ônibus junto com a idosa e conseguiu atravessar a rua primeiro. Ela viu quando Verônica ficou aguardando os carros passarem para atravessar em segurança. Na versão da mulher, um Fiat Uno branco veio em alta velocidade e mudou a direção para o meio-fio, acertando a vítima.

Ainda conforme a testemunha, foi possível observar que a motorista estava com o celular na mão. Mas, para a defesa, isso não ocorreu. O telefone de Cirlene foi periciado e, no período de uma hora, foram encontradas diversas chamadas feitas e recebidas, além de uma mensagem de texto. No entanto, o conteúdo dos aplicativos não pode ser extraído por falta de aparelho específico no instituto.  

A perícia realizada no local apontou que Cirlene dirigia a cerca de 55 km/h, no sentido centro-bairro, quando, por motivos desconhecidos, invadiu a calçada do lado direito da via e atingiu a vítima. No entanto, para a perícia contratada pela vítima, a idosa é que invadiu a pista de rolamento, caiu e, aí sim, foi atingida pelo Uno de Cirlene, que seguia em linha reta.

A esposa do procurador relatou em depoimento à polícia, ainda no dia do acidente, que sofreu um ''apagão'' em razão de um problema de saúde e que não se recorda do momento em que atingiu a vítima.

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