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Polícia

12/06/2019 08:15

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Mãe pede que ex-marido não seja executado por matar os 5 filhos: 'meus meninos o amavam'

Os advogados do pai das crianças argumentaram que o homem ficou transtornado depois que a esposa o deixou

Uma mãe americana de cinco filhos que foram mortos pelo pai deles pediu ao júri que poupe o homem da pena de morte. Tim Jones Jr."não demonstrou a menor compaixão, mas meus filhos o amavam", disse Amber Kyzer a uma Corte da Carolina do Sul.

O homem de 37 anos foi condenado em maio pelo assassinato das cinco crianças, de idades entre 1 e 8 anos. O crime ocorreu na residência dele, em Lexington, no dia 28 de agosto de 2014. O júri agora vai decidir se Jones Jr. deve ser executado ou cumprir pena de prisão perpétua.

"Eu sei o que meus filhos passaram e tiveram que suportar", disse Kyzer no tribunal, na semana passada. "Como mãe, se eu pudesse arrebentar a cara dele, eu faria. É a mãe dentro de mãe, a mãe urso." Mas Kyzer acrescentou ao júri que, durante grande parte de sua vida, foi contrária à pena de morte.

Ela afirmou que, embora em vários momentos tenha desejado que o sistema penal americano "fritasse" Jones, ela não optaria pela pena de morte ao ex-marido. "Meus filhos o amavam e se eu estiver falando em nome dos meus filhos, não de mim mesma, é o que devo dizer." Ela destacou, porém, que respeitará qualquer decisão que o júri tomar.

(Foto: reprodução/BBC Brasil)

Casamento

Kyzer e Jones se casaram seis semanas após se conhecerem em 2004, quando ambos trabalhavam num parque infantil em Chicago. Kyzer explicou que o relacionamento começou a desandar quando o marido se tornou muito religioso e passou a defender que mulheres só devem ser "vistas, não ouvidas".

Ela disse que, quando se separaram, nove anos depois, deu ao marido a custódia das crianças, porque ele tinha um carro e recebia US$ 80 mil dólares por ano como engenheiro de computação. Kyzer se encontrava com as crianças todo sábado num restaurante da rede Chick-fil-A, especializado em frango.

(Foto: reprodução/BBC Brasil)

O assassinato

O júri foi informado que, na noite do assassinato das crianças, o que teria desencadeado a fúria de Jones foi o fato de um de seus filhos, Nathan, um menino de 6 anos, estar brincando com uma tomada, em casa. Ele matou o filho e decidiu estrangular as outras quatro crianças: Elaine, de um ano, Gabriel, de dois anos, Elias, de sete anos, e Mera, de oito anos.

Jones enrolou os corpos em plástico, os colocou no carro e dirigiu com eles por nove dias antes de deixá-los numa área rural do Alabama. O homem foi preso ao ser parado por guardas de trânsito que teriam reconhecido o "cheiro de morte" vindo do carro.

Jones se declarou inocente durante o julgamento - não por não ter cometido o crime, mas alegando "motivo de insanidade". A defesa disse que ele sofria de uma esquizofrenia não diagnosticada - doença que a mãe de Jones também teria. Os advogados argumentaram que o homem ficou transtornado depois que a esposa o deixou.

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