Pai de Wantuir Sonchini da Silva, João Garcia da Silva foi ouvido como informante durante o júri popular do filho, realizado na manhã desta terça-feira (15), no Fórum de Campo Grande. Wantuir é acusado de matar a ex-sogra dentro de uma residência no dia 25 de dezembro, no bairro Moreninha I.

João disse que tinha conhecimento de que o filho não tinha um bom relacionamento com a sogra. “Sei que ele não se dava bem com ela, nem ela com ele, mas nunca ouvi nada de que eles brigaram ou algo assim. O que eu sabia era que teve obra na casa dela e que ele fez sem cobrar nada, mas brigas, desavenças, eu nunca ouvi falar”.

Sobre o filho ter envolvimento com drogas, João destaca que a família já providenciou duas internações para o pedreiro. “Ele andou mexendo com isso, mas pediu para ser internado, ficou seis meses lá, depois deixou de lado e foi cuidar da vida dele. Ele sempre foi trabalhador, dentro de uma obra faz tudo, até com jardinagem, se for preciso, ele mexe”.

Ao relembrar que faz visitas ao filho dentro do presídio, João chora e afirma que já levou a neta mais velha para ver o pai preso. “Levamos minha neta duas vezes durante as visitas para ele ver. Ele ama muito a filha dele, ama o mais novo também, mas não tem muita afinidade porque o neném tem só cinco meses. Ele conseguiu pegar o filho no colo uma vez, quando teve uma audiência, que a ex-esposa dele deixou”.

Sobre a morte de Alzai Bernardo Lopes, 59 anos, João disse que o filho está arrependido e pediu perdão para a família. “Ele me pediu perdão pelo que fez, mas ele não tinha intenção de cometer o crime. Ele falou que achou que ela tinha desmaiado, porque os dois brigaram. Ele não queria matar ela”.  

O suspeito será julgado por um corpo de jurados formado por duas mulheres e cinco homens.