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há 5 anos

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'Quero que aquelas que tiraram a vida da minha filha sejam presas', diz mãe de Gabrielly

Beatriz afirma que as adolescentes de 13 anos que bateram na menina deveriam ir para a cadeia: 'elas tinham que pagar pelo que fizeram'

Os pais de Gabrielly Ximenes de Souza clamam por justiça ao falar do laudo divulgado pela polícia, que concluiu que a menina de 10 anos morreu devido aos traumas que sofreu após ser agredido na saída da escola Lino Vilachá, no bairro Nova Lima em Campo Grande. Gabrielly morreu no dia 6 de dezembro de 2018, dias após ser espacada na frente da escola onde estudava.

A mãe da menina, Beatriz Ximenes, 39 anos, chora ao falar da filha e diz que gostaria de ver as responsáveis pelas agressões atrás das grades. “A única coisa que eu quero é que aquelas que tiraram a vida da minha filha sejam punidas. Elas são culpadas, elas espancaram a minha filha, que só tinha 10 anos de idade”.

Beatriz afirma que tem conhecimento de que por serem adolescentes, as agressoras não podem ser presas. “Infelizmente elas não podem ser punidas da forma como merecem porque tem 13 anos, mas eu quero justiça, a justiça tem que ser feita pelo crime que elas cometeram com a minha filha. Eu sei que não vai acontecer nada com elas”.

O pai da menina, Carlos Roberto de Souza, diz que só quem perdeu foi a família de Gabrielly. “Só quem perdeu foi eu, porque não tenho mais a minha filha aqui. Quem fez isso com ela continua a vida normal, brincando, correndo e minha família ficou aqui com saudade”.

Carlos diz que Gabrielly era uma menina saudável e destaca que sente falta da alegria da menina. “Ela era alegre, brincava, corria, era feliz. Ela não tinha nenhum problema. Saber que não vai acontecer nada com as agressoras é revoltante para a nossa família”.

Conforme Carlos, a família pretende dialogar com um advogado para saber quais providências podem ser tomadas daqui para frente. 

Laudo pericial

A delegada da DEAIJ (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Ariene Murad, confirmou que a menina Gabrielly Ximenes de Souza, 10 anos, morreu em decorrência das agressões que sofreu no dia 29 de novembro de 2018, na escola Lino Vilachá, localizada no bairro Nova Lima, em Campo Grande.

Gabrielly morreu no dia 6 de dezembro, após ser internada na Santa Casa de Campo Grande e passar por procedimento cirúrgico. “O laudo conclui que a causa da morte foi tromboembolismo pulmonar provocado por artrite séptica. Temos um laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal, um laudo de necropsia que o perito fez exame anátomo patológico, onde cinco órgãos foram analisados. Ficou pronto após dois meses e meio da morte da criança porque requer muitos detalhes. A criança só morreu porque houve trauma”, diz a delegada.

Conforme a delegada, todo o histórico do SUS (Sistema Único de Saúde) de Gabrielly foi analisado. “A criança tinha imunodeficiência primária, que é difícil de ser detectada e, conforme o histórico clínico, ela tinha várias passagens nas unidades de saúde. De acordo com o fluxograma do evento, Gabrielly tinha imunodeficiência primária, teve o trauma no dia 29 de novembro, que evoluiu para uma artrite séptica , septicemia, tromboembolismo pulmonar e a morte no dia 6 de dezembro, às 6h25 da manhã”.

Sobre a agressão, a delegada destaca que testemunhas confirmaram que a criança foi agredida com golpes de mochila e socos por duas adolescentes de 13 anos. “Elas negaram que agrediram a criança, mas testemunhas confirmaram os fatos, todas com a mesma versão, de que elas deram socos e mochiladas na menina. O caso agora será encaminhado para o juiz da infância e juventude, que deve definir a punição”.

O caso

Gabrielly Xinemes teria sido espancada após a escola por uma criança de 10 anos e outras duas meninas de 13 anos. O caso ocorreu no dia 29 de novembro na saúda da escola Lino Vilachá, no bairro Nova Lima em Campo Grande. A família teria acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a criança foi atendida na Santa Casa. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Gabrielly passou por exames e nenhuma lesão foi constatada.

Em casa, a menina começou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada para uma Unidade de Saúde, em seguida par ao CEM. “Colocaram uma tala na perna dela, mas ela sentiu mais dores ainda. A dor era na virilha e não na perna. Chegou um momento, que minha filha começou a ficar muito febril e não andava mais, daí levamos ela novamente na Santa Casa”, conta o pai.

A menina deu entrada na Santa Casa, passou por exames, que constataram que a menina estava com artrite séptica (infecção no líquido e tecidos de uma articulação, geralmente causada por bactérias, mas ocasionalmente por vírus ou fungos). Ela passou por cirurgia, teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. 

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