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Polícia

Serial killer que matou campo-grandense em SC cometeu crimes com 'forte significado homofóbico'

Segundo a polícia, ele assumiu a autoria dos homicídios

31 maio 2021 - 13h00Por Nathalia Pelzl

O laudo psicológico de José Tiago Correia Soroka, suspeito de matar e roubar o campo-grandense Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, 25 anos, em Curitiba, aponta que os crimes cometidos por ele "têm forte significado homofóbico". 

José foi preso na manhã deste sábado (29). Além de Marcos, José teria matado outro rapaz em Curitiba e um em Santa Catarina. Segundo a polícia, ele assumiu os crimes após a prisão. 

Além disso, com base nas cenas dos crimes e em depoimentos prestados à polícia, o laudo aponta também que o serial killer não parece ser esquizofrênico ou estar com "transtorno de humor em fase maníaca", pois estava tentando se esconder da polícia.

Segundo o G1, o laudo psicológico descreve como o suspeito cometia os crimes. O documento diz que ele se aproximava das vítimas por meio de aplicativos de conversa e escolhia pessoas que preferiam sigilo.

Segundo a análise, o serial killer se dirigia até os locais preparado para o crime.

Após matar as vítimas, o suspeito "recolocava as roupas no cadáver e o deixava sobre a cama, como que para atestar que não houve relação sexual".

"Na sequência, ao sair do apartamento, tranca a porta por fora, mantendo aqueles atos considerados reprováveis por si próprio metaforicamente escondidos, fechados, trancados", aponta o laudo.

De acordo com o documento, este comportamento era uma assinatura do serial killer na cena do crime.

No momento em que confessou o crime, o suspeito disse que cometia os crimes de forma consciente. 

Após a repercussão dos casos, conforme a polícia, o suspeito afirmou que não conseguia mais marcar os encontros porque a imagem dele ficou conhecida. 

A polícia disse que, apesar de o suspeito ter negado a relação dos crimes com a homofobia, os elementos do interrogatório demonstram que os crimes possuem motivação por ódio.

"Deu a entender que mexia com o lado íntimo dele, que mexia com a parte emocional dele, levando sim a entender que ele tem problemas com a questão da homossexualidade", afirmou o delegado Tiago Nóbrega. 

Ainda conforme a polícia, o suspeito disse que usava o dinheiro da venda dos pertences das vítimas para comprar drogas, e que buscava mudar de local na tentativa de fugir da polícia.