A Polícia Civil do Distrito Federal indica que Jeferson Barbosa dos Santos, de 25 anos, amigo do criminoso [morto pela Polícia] Lázaro Barbosa, é suspeito de matar Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, e a filha dela Tauane Rebeca da Silva, de 14 anos, em um córrego do Sol Nascente.
Segundo o G1, as vítimas desapareceram em 9 de dezembro, após uma visita ao córrego. Os corpos foram encontrados 11 dias depois, parcialmente enterrados, a cerca de 500 metros da casa onde moravam. O filho que a mulher esperava também morreu.
Investigações
O delegado à frente do caso, Thiago Peralva, da 19ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, afirma que Jeferson era amigo de Lázaro Barbosa, suspeito de cometer uma série de crimes de homicídio e estupro no DF e Entorno. Ele foi morto em confronto com a polícia no ano passado, após 20 dias de perseguição.
Ainda conforme o G1, o suspeito do assassinato de mãe e filha só foi identificado quase dois meses depois dos crimes. De acordo com o delegado, Jeferson foi visto por testemunhas e costumava dizer que ia ao córrego para "se dar bem com mulheres".
(Filha e mãe assassinadas. Foto: Reprodução G1)
De acordo com Peralva, ele deixou o Distrito Federal com a esposa depois que os corpos das vítimas foram encontrados, com a desculpa de que ia passar as festas de fim de ano na Bahia. Entretanto, não retornou mais à capital.
"A linha de investigação trata de um homicídio, aborto [já que Shirlene estava grávida] e ocultação de cadáver", diz o delegado.
37 facadas
Um laudo da Polícia Civil constatou que Shirlene foi morta com 37 facadas, mas nenhuma na barriga. "Não houve nenhuma lesão no abdômen, dando a entender que respeitaram a gravidez", diz.
A filha foi assassinada em seguida. O corpo da adolescente tinha marcas de estrangulamento e também de facadas.
Peralva afirma ainda que acredita que houve uma investida sexual por parte do suspeito, mas que a hipótese ainda está em apuração. "Shirlene tinha um sentimento de proteção muito grande com a filha."
O irmão de Jeferson afirmou à Polícia Civil que acredita no envolvimento dele no crime. "O irmão disse que o suspeito ligou chorando e pediu para a família rezar e ajudar ele, dando a entender que tem participação no crime", disse.
As buscas por Tauane e Shirlene duraram 11 dias e mobilizaram militares do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil. Os investigadores, no entanto, chegaram a suspender a procura com a suspeita de que as vítimas teriam fugido para outro estado, hipótese que foi descartada posteriormente.