Alvimar Pereira Viana, principal suspeito de ter cometido o feminicídio contra Roseli Alves da Cruz, 38 anos, responde o caso em liberdade. Ele foi liberado pela Justiça após ser preso em flagrante, mas pelo crime de lesão corporal, no qual foi registrado ainda no dia 9 de janeiro, em Ribas do Rio Pardo.
No entanto, o cenário ainda pode mudar devido à mulher não ter resistido aos vários ferimentos causados por golpes de faca e vir a óbito no dia 6 de fevereiro. Nesse caso, o homem deve ser indiciado por feminicídio.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pode manifestar contra a indicação e recomendar a prisão neste caso, mas isso só deve acontecer quando todo o processo for analisado e levado para a Justiça, como informou o delegado Bruno Santacatharina.
O delegado ainda afirmou para a reportagem que está levantando informações sobre o caso, fazendo novas apurações para ouvir novas testemunhas sobre o dia em que aconteceu as agressões a facadas contra Roseli.
Santacatharina explicou que os golpes começaram após uma briga, onde Alvimar teria ficado com ciúmes da namorada após ele ter sido supostamente traído.
A Polícia Civil ainda aguarda o laudo necroscópico do corpo de Roseli, que deve ficar pronto em algumas semanas.
9° feminicídio de MS
Roseli Alves da Cruz, de 38 anos, não resistiu e morreu nesse domingo (6), na Santa Casa de Campo Grande, após passar quase um mês internada devido a ferimentos de faca sofridos em Ribas do Rio Pardo, no dia 9 de janeiro.
Segundo o Boletim de Ocorrência, a vítima se relacionava com o acusado há cerca de dois anos. Os três tomavam cerveja no quintal da residência, mas, após algum tempo, o casal passou a discutir e xingar um ao outro.
O homem entrou em casa e, quando saiu, disse: "vou te matar". Ele carregava uma faca de 20 cm e partiu para cima da vítima. Após o primeiro golpe, a faca acabou quebrando.
O acusado retornou para dentro da residência e pegou um facão de 30 cm, voltando para o quintal e continuando a esfaqueá-la.