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Polícia

há 6 anos

Travesti é presa após adolescente denunciar exploração sexual e trabalho escravo

Adolescente sofria agressões recorrentes, era obrigada a manter o imóvel limpo e ainda pagava R$ 50 por dia para morar no local

Uma travesti de 16 anos, natural de Campo Grande, revelou à Polícia Civil que vinha sendo mantida sob exploração sexual e trabalho análogo à escravidão numa casa de prostituição localizada na Rua Sinézio de Matos, Jardim Piratininga, em Dourados. 

No local os agentes prenderam uma travesti de 26 anos, identificada como ‘Morena’, onde constataram as denúncias da vítima. 

Segundo informações da polícia, ontem à noite a menor estava na companhia de outras travestis em uma lanchonete localizada na Rua Joaquim Teixeira Alves com a Rua Mato Grosso. Durante confusão no local, o proprietário solicitou que elas deixassem o estabelecimento, mas houve resistências e ameaças contra o comerciante. 

Ele acionou a Guarda Municipal, que encaminhou as envolvidas até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário de Dourados). Lá descobriram que uma das travestis era menor e passaram a questioná-la, momento em que revelou as denúncias contra a casa de prostituição. 

Agentes do SIG (Setor de Investigações Gerais) junto com os guardas foram até o local indicado e constataram que lá a adolescente sofria agressões recorrentes, era obrigada a manter o imóvel limpo e ainda pagava R$ 50 por dia para morar no local. Além disso, ela era obrigada a manter relações sexuais com os clientes da casa. 

Morena foi autuada em flagrante por trabalho escravo e favorecimento à prostituição. A adolescente está sob os cuidados do Conselho Tutelar. O caso segue em investigação no 1° Distrito Policial. 

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