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Política

05/02/2021 15:00

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‘Boom’ do leite condensado enfraquece e só PDT e PT pedem 'cabeça' de Bolsonaro

Vander assinou requerimento para abertura de CPI e Dagoberto junto ao partido apontou a questão como indício de corrupção; o deputado bolsonarista Luiz Ovando indicou as notícias como fake news

Depois do ‘boom’ de críticas após a divulgação de o governo federal gastou R$15,6 milhões em leite condensado e R$1,8 bilhões em compras incluindo chicletes e uma série de supérfluos, o PDT, que tem como representante em Mato Grosso do Sul o deputado Dagoberto Nogueira pediu investigação sobre os gastos excessivos à Procuradoria Geral da República e o PT de Vander Loubet pediu abertura de CPI.

Inicialmente, os deputados de oposição, como Vander Loubet  e Dagoberto Nogueira, teceram o descontentamento nas redes sociais. Dagoberto chegou a apontar indícios de corrupção. Após o PDT iniciar o pedido de investigações, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou à PGR a notícia-crime contra Bolsonaro por suposto desvio de recurso público por meio de gastos alimentícios do governo federal em 2020.

“Mais de R$ 15 milhões em leite condensado e chiclete com dinheiro público? Isso é corrupção! Qual a explicação que a galera do Bolsonaro tem para essa ação absurda!”, disse o deputado Dagoberto Nogueira, que também já assinou requerimento de pedido de impeachment. 

Já o Partido dos Trabalhadores fez requerimento e colheu assinaturas para a criação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar irregularidades nas compras de alimentos
pelo Governo Federal para atender demanda da própria estrutura do poder Executivo Federal. Vander Loubet também assinou o documento que ainda não possui numeração na Câmara.

Fake news

Já o deputado Luiz Ovando (PSL) caracterizou as notícias envolvendo os gastos como fake news. Para ele, a “informação foi distorcida como um meio de criar narrativas para desgastar o presidente”.

“Do valor total, R$ 14,2 milhões foram gastos do Ministério da Defesa e utilizados na alimentação do efetivo de todas as Forças Armadas inclusive para ajuda humanitária. De acordo com a Pasta, são cerca de 370 mil pessoas. Já o restante dos valores utilizados na compra de leite condensado veio dos ministérios da Educação (R$ 1 milhão), da Justiça (R$ 327 mil) e da Saúde (R$ 61 mil).”

O deputado pesselista ainda indicou que as pessoas consultassem o Portal da Transparência do governo. 

Outras ações

Enquanto isso, no Congresso Nacional, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) protocolaram, no dia 26 de janeiro, representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra Presidência da República a respeito dos gastos do Executivo em alimentação. Segundo os parlamentares, é necessária uma análise criteriosa por parte do TCU para averiguar os excessos de gastos.

Novos ataques

Em live na quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa. Ele pegou uma lata gigante do produto durante sua transmissão ao vivo e disse que “enfiaria o produto na orelha” de jornalistas.

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