Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande criticaram a falta de cuidado com a saúde pública da Capital. Denúncias diversas, como aumento da cracolândia na região da antiga rodoviária e a falta de médicos para os servidores municipais do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência), foram alvos de reclamações por parte dos parlamentares.
Delegado Wellington, do PSDB, por exemplo, alfinetou a atual administração municipal questionando "como se permite que lobo cuide de ovelhas se estamos diante de um caos na saúde?". O vereador frisou que o prefeito é 'um ótimo administrador', mas destacou a falta de estrutura nos postos da saúde e a necessidade de "sanear às questões da falta de remédios".
O vereador Fritz, do PSD, pontuou que o IMPCG está em caos financeiro e destacou a preocupação da manutenção de um servidor no Instituto, que poderia prejudicar as finanças do órgão e atrapalhar o andamento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o órgão. "Vejo isso como extremamente perigoso".
Valdir Gomes, do PP, reforçou o tema da crise no IMPCG em que os servidores municipais estão sem atendimento pelo instituto, lembrando as denúncias da crise na saúde do município. "Eles não tem médicos e nem farmácia", disparou.
O progressista ainda cobrou providências. "Temos que trazer aqui os responsáveis para saber se vai resolver, se não vai, então desocupa a moita", disparou o vereador, lembrando que foi nomeado um novo titular da SAS e questionando se a pasta vai resolver os aumento da crolândia na Capital."Aqui vai virar uma São Paulo", observou.
Cracolândia
O tema foi apresentado pelo vereador Vinícius Siqueira, do DEM. Ele revelou o aumento no número de pessoas consumindo entorpecentes na região da antiga rodoviária, destacando a ausência do poder público no local. "Peço olhos mais sérios voltados pra esse problema e que saiam mais requerimentos para desmontar aquilo." Afirmou, pedindo ajuda dos parlamentares do PSDB, que tem um relacionamento mais estreito com o Governo do Estado para solicitar apoio da Polícia Militar.
E o problema ainda pode aumentar em outro ponto da região central de Campo Grande, alerta o democrata, o que poderia causar um sério problema social ao lado da Igreja Santo Antônio, um dos locais mais tradicionais da Capital. "É um embrião que começa a se formar em Campo Grande".
Por fim, o Pastor Jeremias Flores, do Avante, confirmou o aumento dos casos, e ressaltou que sempre vê pessoas consumindo entorpecentes nas imediações da igreja a qual congrega. "Passo todos os dias e vejo crianças e adolescentes consumindo drogas. Nós precisamos ter um posicionamento e peço a Comissão Permanente de Políticas Antidrogas, para que a gente possa pensar em alguma coisa".