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Política

Bolsonaro promete pagar auxílio de R$ 400 a caminhoneiros

Presidente anunciou 'auxílio-diesel' em live

22 outubro 2021 - 08h30Por Rayani Santa Cruz

O presidente Jair Bolsonaro afirmou durante a tradicional live desta quinta-feira (21) que pagará 'auxílio diesel' de R$ 400 mensais para 750 mil caminhoneiros em razão da alta do preço do combustível. As informações são do G1. 

De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o menor preço médio do litro do diesel é R$ 4,823 (Rio Grande do Sul) e o maior, R$ 6,208 (Acre). Com isso, um caminhoneiro que encher um tanque de 400 litros, por exemplo, no Rio Grande do Sul pagará em média R$ 1.929,20 e no Acre, R$ 2.483,20.

Bolsonaro fez o anúncio do auxílio primeiramente quando cumpria agenda em Pernambuco. Lá ele não disse de onde vai tirar os recursos, nem a partir de quando o benefício será pago. À noite, na live informou o valor, que, em 12 meses, somará R$ 3,6 bilhões.

"Deve ter outro aumento de combustível? Deve ter outro aumento de combustível. Não precisa ser mágico para descobrir isso aí. É só ver o preço do petróleo lá fora quanto tá o dólar aqui dentro. Então, começa a aumentar. Nós ainda dependemos de importação de diesel, em especial, em torno de 25%, e de gasolina também. Então, se não reajustar, falta. Então, a inflação é horrível? É péssima. Mas pior é o desabastecimento", declarou.

E complementou:

"Então, o que nós aqui — como está na iminência de um novo reajuste de combustível —, o que buscamos fazer, acertado com a equipe econômica? Alguns não querem, da equipe econômica, não queriam. Outros acharam que era possível dar um auxílio para os caminhoneiros, em havendo um novo reajuste, dar um auxílio para os caminhoneiros. O que está decidido até o momento? R$ 400. R$ 400 para 750 mil caminhoneiros autônomos. Isso é muito, isso é pouco? É o possível no momento. Isso dá um pouco mais de R$ 3 bilhões ao longo de um ano, um pouco mais de R$ 3 bilhões ao longo de um ano. Dentro do orçamento. Agora tem secretário — como acontece às vezes ser um ministro — que quer fazer valer sua vontade. Então, o ministro deu uma decisão: vamos gastar dentro do teto porque as reformas continuam", afirmou.Na "live", Bolsonaro também falou sobre o Auxílio Brasil e criticou o mercado. "O auxílio de R$ 400, abaixo de R$ 4 bi por ano dentro do orçamento. Daí fica o mercado nervosinho. Se vocês explodirem a economia do Brasil, pessoal do mercado, vocês vão ser prejudicados também", disse.

Confederação repudia

Conforme o G1, em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) informou que "repudia" o que chamou de "auxílio-diesel" de R$ 400 anunciado por Bolsonaro.

“Ao invés de tratar a causa, quer tratar o efeito colateral dela. É preciso extirpar o mal dessa política errada da Petrobrás que começou no governo Temer e segue no governo Bolsonaro”, afirmou na nota Carlos Alberto Litti Dahmer, caminhoneiro autônomo e diretor da CNTLL.