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Política

08/09/2019 18:10

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CPMI para investigar fake news já nasce em descrédito para deputado de MS: 'atrasada'

A Comissão formada no Congresso é destinada a investigar o uso de fake news nas eleições de 2018

Na semana em que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso iniciou investigações do uso de fake News nas eleições 2018, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) afirma que, com certeza, a disseminação influenciou totalmente no resultado das eleições passadas. Apesar disso, ele não acredita em punições severas.

“Ninguém tem dúvida de que isso [fake news] influenciou totalmente nas eleições do ano passado. O que fizeram com as redes sociais é um negocio de maluco; tanto é que elegeram esse Bolsonaro, sem ninguém conhecer e agora estamos sofrendo as consequências”.

A palavra fake news nunca foi tão usada no país e, inclusive em 2018, no pleito para o governo do Mato Grosso do Sul, houve denúncias da utilização de fakes tanto por parte do juiz aposentado e candidato derrotado Odilon de Oliveira (sem partido) quanto do governador reeleito Reinaldo Azambuja (PSDB).

Para o deputado Dagoberto, as investigações da CPMI não resultarão em cassação ou perda de mandado. “Acho que o tempo que era para fazer isso já foi. Não acredito que possa surtir resultados como cassação ou algo do tipo. A única coisa que vai ficar claro, após a apuração, é que a disseminação dessas notícias influenciou nos resultados”.

Composta por 15 senadores e 15 deputados (e igual número de suplentes), a CPI mista terá 180 dias para investigar a criação de perfis falsos para influenciar as eleições do ano passado e ataques cibernéticos contra a democracia e o debate público. A prática de ciberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada pelo colegiado, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

Não há informações se os casos denunciados no MS serão investigados pela Comissão. 

As Fakes de MS

A época das eleições, o comitê de Azambuja fez denúncia sobre uma ‘fábrica de fake news’ que estaria produzindo material impresso contra o candidato. A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em um local de propriedade de um dos funcionários da campanha do adversário.

Em sua defesa, o juiz aposentado afirmou em nota que não houve nenhum tipo de ordem ou orientação por parte da coordenação de campanha para qualquer tipo de ofensa a imagem aos participantes do pleito.

Em contrapartida, o candidato Odilon de Oliveira disse à imprensa que ele foi alvo das fake news durante toda campanha, inclusive com centenas de mensagens divulgadas via Whatsapp  na madrugada de domingo [segundo turno]. Ele informou que as tais mensagens denunciavam a falsa prisão do filho vereador Odilon Júnior por compra de votos. 

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