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Política

13/09/2016 12:15

Demissões em massa e Lei da Mordaça são lembradas e esquenta clima durante debate

Candidato do PPS atacou Bernal enquanto Alex e Coronel David trocaram alfinetadas

No terceiro bloco do debate realizado pela ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), na manhã desta terça-feira (13), o clima esquentou entre o prefeito Alcides Bernal (PP) e o candidato Athayde Nery (PPS). A troca de alfinetadas girou em torno das propostas para a educação.

Após sorteio, Bernal direcionou uma pergunta a Athayde falando das dificuldades financeiras do município e de suposto ‘desaparecimento’ de dinheiro dos cofres públicos, questionando como ele resolveria o problema. O candidato do PPS então aproveitou que a questão foi genérica e cutucou o atual administrador.

“A gente pretende fazer e cumprir o que a gente fala. Se não tem [dinheiro] é porque desviou. O que não pode é ser omisso. Não pode ficar deixando para depois certas situações. Nós teremos diálogo e não vamos mandar embora diretores de escolas em seis meses”, disse em referência a demissão em massa de comissionados no início do ano, que gerou diversos protestos em escolas municipais.

Durante réplica, Bernal então garantiu que iria resolver o problema em um eventual novo mandato. “Já temos data estabelecida para dialogar com a categoria. Será 2017”, disparou e foi interrompido por diversas vaias do público, composto, em sua maioria, por educadores e movimentos sociais.

Mediando o debate, a jornalista Débora Alves teve que interferir e conceder mais tempo ao candidato, que acrescentou: “nós reestabelecemos a ordem democrática de Campo Grande”. Com direito a tréplica, Athayde não poupou o pepista e fez novas promessas à categoria, que pleiteia eleições diretas nas escolas municipais, como acontece na rede estadual.

“Eu não sei de qual prefeitura você fala, Bernal. Porque eleição direta nas escolas, você não fez porque você não quis. Em seis meses, nós não vamos mandar diretor embora da escola. Ele será substituído quando ocorrer eleições diretas nas escolas”, prometeu.

Segundo embate

O segundo momento de conflito do bloco ocorreu entre Alex do PT e o candidato Coronel Davi (PSC) quando o petista questionou se o adversário era favorável ao polêmico projeto apelidado de ‘Lei da Mordaça’, que impõe restrições às manifestações políticas e de gênero realizadas por professores nas escolas de Campo Grande.

David iniciou sua fala com “meu partido defende a Lei da Mordaça”, mas foi interrompido com vaias. Quando autorizado a terminar seu raciocínio acrescentou que, no entanto, diverge do posicionamento da legenda, que apoia na esfera federal a proposta denominada ‘Escola Sem Partido’.

“Quero continuar. Mas eu sou um homem democrático e, quem olhar o meu plano de governo, não há nenhuma menção da Lei da Mordaça. Professor é quem manda dentro da sala de aula”, finalizou.

Na sequência, Alex afirmou: “entendemos que já não temos que ser curto e grosso. Temos que abrir espaço para o diálogo”. E na tréplica, David reforçou sua fala. “Eu mantenho tudo o que eu disse. Eu venho da segurança pública, lidando com problemas todos os dias, e eu não me furto de manter tudo que eu disse aqui”.

Debate

Realizado pelo Sindicato dos professores, o debate acontece no Clube de Campo da ACP, no Bairro Santa Emília, em Campo Grande. Com um público aproximado de 150 pessoas, grande parte da área da educação, a cerimônia foi divida em cinco blocos, com espaço para apresentações, perguntas do público e da categoria, discussão entre candidatos e considerações finais.

Encontram-se no local também Elizeu Amarilha (PSDC), Rosana Santos (PSOL), Aroldo Figueiró (PTN), Rose Modesto (PSDB), José Flávio Arce (PCO), Marquinhos Trad (PSD), Marcelo Bluma (PV), Lauro David (PROS), e Suel Ferrranti (PSTU). Adalton Garcia (PRTB) e Pedro Pedrossian Filho (PMB) não compareceram, sendo que apenas o primeiro citado justificou a ausência previamente.

No início da cerimônia, os candidatos ficaram isolados. Alex do PT e Alcides Bernal trocaram poucas palavras, assim como Rose e Coronel David. Todos os participantes receberam uma cartilha com propostas para a educação e reivindicações da categoria.

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