O governador Reinaldo Azambuja, em dois anos de governo, vetou a mesma quantidade de projetos de leis vetadas pelo ex-governador André Puccinelli. Desde 2015, foram vetados 89 projetos apresentados pelos deputados estaduais.

Em 2015, o governo vetou 39 projetos, em 2016 foram 44 e em 2017, até o mês de abril foram barradas seis propostas. A maioria dos projetos impedidos de virarem leis são de deputados que compõe a base de apoio ao governador Reinaldo Azambuja.

Entre 2011 e 2014, segundo mandato de André Puccinelli, foram vetados 30 projetos em 2011, dez projetos em 2012, 22 projetos em 2013 e 27 projetos em 2014, totalizando 89 projetos, mesmo número de vetos realizados por Azambuja.

Neste ano, metade dos projetos vetados pertencem a deputada Antonieta Amorim (PMDB), que compõe o bloco parlamentar 2. As outras propostas foram de parlamentares do PSDB, mesmo partido do governador. Os deputados Beto Pereira (PSDB), Felipe Orro (PSDB) e Mauricio Picarelli tiveram projetos vetados pelo governo. Os três foram eleitos por outros partidos, mas entraram no PSDB ano passado durante o período da janela eleitoral.  

Entre os projetos aprovados pela Assembleia Legislativa, mas vetados pelo governador, estão a colocação de cestos de lixo nos eventos realizados no Parque dos Poderes, a sinalização de locais inseridos na Zona de Recarga Direta do Aquífero Guarani a introdução e a manutenção de programas de educação física adaptada nas instituições de ensino do Estado de Mato Grosso do Sul.

Também foram vetados a instalação de pontos gratuitos e abertos ao público de acesso à internet nos terminais rodoviários, a instalação de câmeras nos pet shops, a proibição do desligamento automático de gestantes de concursos públicos em função de limitações à realização de testes físicos e a proibição de refrigerantes em escolas de educação básica.