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Política

Deputado fala em traição de Azambuja, mas perde presidência da CCJR para Beto Pereira

Lídio acusou deputados peemedebistas e o governador Reinaldo Azambuja de traição

07 março 2017 - 11h05Por Diana Christie e Airton Raes

A disputa pela presidência da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa teve fim, na manhã desta terça-feira (7), com reviravoltas e acusações de traição. O posto é considerado importante, pois todos os projetos que tramitam na Casa de Leis devem passar obrigatoriamente pela comissão. Em alguns casos, as propostas podem ser arquivadas antes mesmo da análise dos demais deputados.

Em uma reunião marcada pela tensão entre os parlamentares, Beto Pereira (PSDB) foi eleito presidente da CCJR por três votos a dois, com o apoio de Renato Câmara (PMDB), que assumirá a vice-presidência, e Rinaldo Modesto (PSDB). O candidato adversário, Lídio Lopes (PEN), recebeu o próprio voto e de seu companheiro de chapa, Pedro Kemp (PT). Apenas os membros da comissão podem votar.

Membros da CCJR - Foto: André Maganha

Após a consumação do resultado, Lídio Lopes acusou o PMDB e o PSDB de traição. Ele afirma que Eduardo Rocha e Junior Mochi, ambos peemedebistas, descumpriram com suas promessas ao fazer um acordo com os tucanos em troca da indicação de Renato Câmara para a vice-presidência da comissão. Sobrou até mesmo para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), já que Lídio alega que deixou de pleitear um cargo na diretoria da Assembleia Legislativa para facilitar a eleição de Mochi para a presidência da Casa de Leis.

“Aprendi com meus pais que palavra dada é palavra cumprida. Não foi cumprida a palavra que me foi dada lá atrás. Tanto o governador Reinaldo Azambuja como o presidente dessa Casa, Junior Mochi, me garantiram que eu seria presidente da CCJ em troca de me afastar de concorrer cargo à mesa diretora. Eu, como aprendi com meu pai lá na roça, aceitei o acordo. A palavra da bancada do PMDB, do líder Eduardo Rocha, é de que eu teria dois votos, que a bancada do PMDB me daria dois votos”, declarou.

Parlamentares foram prestigiar votação - Foto: André Maganha

Apesar de integrar os quadros do PEN, Lídio apostava que teria dois votos do ‘PMDB’ considerado a própria adesão e de Renato Câmara, já que ambos pertencem ao mesmo ‘blocão’, junto com o PDT, composto para organizar a distribuição de vagas em todas as comissões da Casa.

Por sua vez, Beto Pereira rebateu que foi respeitado o acordo entre os dois maiores blocos da Assembleia, que totalizam 20 deputados, e que a decisão da maioria deve ser respeitada. Já Pedro Kemp se limitou a destacar que “esta foi a eleição mais disputada da CCJ da história da Assembleia de Mato Grosso do Sul”.