A vinda do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC) para discutir o tema “Escola sem Partido” em Campo Grande acabou gerando um barraco com troca de acusações na Câmara Municipal. Manifestantes foram até o plenário e, quando o parlamentar foi chamado para compor a mesa, foi vaiado.

Houve um princípio de confronto entre os manifestantes contrários. Artistas e professores participam se posicionando contra a proposta do projeto “Escola sem Partido”, ao passo que a favor manifestantes aliados e defensores de Bolsonaro xingaram o lado contrário.

Em frente à Câmara também houve confronto verbal entre as partes. Eduardo Bolsonaro garantiu que foram convidados vários segmentos da sociedade, mas que muitos não quiserem ir. “Foi convidada a ACP, a Fetems e não compareceram. Tirem suas próprias conclusões”, ironizou.

Com essa fala uma nova vaia foi dada ao parlamentar. O presidente da Câmara vereador João Rocha (PSDB) precisou intervir e ressaltou que todos deveriam ser respeitados. “Essa Casa é uma casa democrática, todos devem ser bem recebidos”, afirmou acalmando os ânimos.

“O tema trata da educação e pode contribuir com o coletivo e não se pode defender um lado apenas relacionado a questão de um partido e sim se preocupar com a sociedade como um todo. Tem que discutir de forma equilibrada e os representantes aqui presentes foram eleitos, escolhidos pelo povo. Por isso acreditamos num estado democrático”, afirmou acalmando os ânimos.

A fala do presidente acabou causando uma evasão de quem protestava contra Eduardo Bolsonaro.

Durante a audiência, defensores do projeto mostraram vídeos e áudios que mostram o que eles chamam de “doutrinação da esquerda”, onde um professor estaria chamando alunos para defender um determinado partido. No caso o PT. 

Veja o vídeo: